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ERS 491: moradores temem por uma tragédia em rodovia

Estrada está sem condições de trafegabilidade e levando perigo a população. Município aguarda retorno do Daer, desde fevereiro, sobre convênio para auxiliar na manutenção das estradas

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A manutenção da ERS 491 iria resolver o problema de transporte de muitas famílias e inclusive facili
Estrada está em péssimas condições
Por Ígor Dalla Rosa Müller
Foto Divulgação

A comunidade que mora ao lado da ERS 491 e precisa passar diariamente no local está apavorada com as condições da estrada. O trecho liga a BR 153 a Marcelino Ramos e é, também, um dos principais acessos de Coronel Teixeira, distrito do município.

Situação caótica    

Conforme Mauri Oldoni, que mora há 24 anos num sítio no Estreito e passa todo dia no local, a rodovia nunca esteve numa situação tão caótica como está hoje. “O trecho da ERS 491 está quase intransitável, é só buraco, pedra e capoeira, que está fechando a via”, desabafa.

Ele ressalta que não tem nenhuma visibilidade para dirigir na estrada e teme que uma hora dessas pode ocorrer um acidente grave com veículos se batendo de frente. “Se continuar assim, é bem provável que aconteça uma tragédia daqui uns dias”, afirma.

Segundo Mauri, há uma grande quantidade de pessoas que moram ao longo da via e precisam também passar todo dia na rodovia, ele estima que chega a 80 famílias que moram às margens da estrada. 

Além do movimento intenso de carros, também circulam na estrada ônibus de linha e de transporte escolar. “Não tem como um ônibus andar nessa estrada todo dia, onde não tem condições de passar um carro pequeno”, ressalta.

Mauri pede aos responsáveis que melhorem a situação da estrada porque está muito ruim e perigoso dirigir no local. “A cada pouco é necessário consertar o carro e a gente precisa dessa via para trabalhar”, afirma.

Perigo diário

Ana Paula Lovato Rossoni, que mora em Coronel Teixeira, distrito de Marcelino Ramos, e que diariamente transita na ERS 491, está apavorada com a situação da estrada, que segundo ela, “nunca esteve tão ruim como está, perigosa, e com trechos em que a vegetação fechou a via e só passa um carro”.

Ela afirma que os moradores já fizeram abaixo-assinado e não sabem mais a quem recorrer para resolver a situação. O trecho, além de colocar em perigo diariamente estudantes, trabalhadores, que precisam passar por ali, facilita o assalto, já que a vegetação está tomando conta da estrada. “Imagina nós que passamos todos os dias aí e outras pessoas também”, desabafa.

De acordo com Ana Paula, a manutenção da ERS 491 iria resolver o problema de transporte de muitas famílias e inclusive facilitar o deslocamento até Marcelino Ramos, que é uma cidade turística. A moradora de Coronel Teixeira está indignada, porque as condições estão cada vez mais precárias e ninguém toma uma providência.   

Administração municipal

Em fevereiro desse ano, o município de Marcelino Ramos fez um ofício ao Daer/RS solicitando a formalização de um termo de cooperação ou convênio para ser parceiro do Estado na recuperação do trecho rodoviário de 17 quilômetros sem asfalto da ERS 491. Assim como, também na manutenção da ERS 126, estrada que liga Marcelino Ramos a Maximiliano de Almeida, cerca de 18 quilômetros que faltam ser asfaltados e que liga duas grandes regiões envolvendo mais de 50 municípios.

Segundo o prefeito de Marcelino Ramos, Juliano Zuanazzi, o município não teve retorno ainda por parte do Daer, desde a realização da reunião em fevereiro.

Ele explica que na ERS 126 foi feita uma recuperação da estrada “superficial e paliativa”, e na ERS 491 há um bom tempo que não ocorre manutenção da estrada. “Estamos na expectativa de receber algum retorno”, diz.

De acordo com o prefeito, o engenheiro do Daer de Erechim disse que está tramitando em Porto Alegre a solicitação de convênio para o município poder ser parceiro na manutenção das estradas estaduais. Porém, Juliano ressalta que o objetivo é compartilhar a manutenção junto com o estado, e não o município assumir exclusivamente essa responsabilidade. “Cada um faz uma parte”, diz.

Juliano destaca que o município não pode fazer na íntegra esse serviço, primeiro, que não tem disponibilidade de recursos e, segundo, que não é sua responsabilidade, já que são estradas estaduais.

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