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Fórum Norte Gaúcho da Soja reúne lideranças, técnicos e produtores em Ipiranga do Sul

Encontro debateu cenários climáticos, manejo de lavouras e perspectivas econômicas para o setor agrícola

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Fórum Norte Gaúcha da Soja 2025.jpeg
Por Gabriela de Freitas; Vivian Mattos
Foto Vivian Mattos

O município de Ipiranga do Sul sediou a 12ª edição do Fórum Norte Gaúcho da Soja, que reuniu agricultores, técnicos, estudantes e lideranças do setor agropecuário para debater temas técnicos, climáticos e de mercado relacionados à produção de soja. Promovido pelo Sindicato Rural de Getúlio Vargas, prefeitura de Ipiranga do Sul, Emater/RS-Ascar e entidades parceiras, o encontro teve como tema “A informação que fortalece o agro”.

A programação ocorreu na Comunidade São João Vianei, que também foi responsável pelo almoço de confraternização. A solenidade de abertura contou com a presença do prefeito Marco Antônio Sana, do presidente do Sindicato Rural de Getúlio Vargas, Luiz Carlos da Silva, do diretor técnico estadual da Emater, Claudinei Baldisera, do presidente da Associação de Engenheiros Agrônomos do Alto Uruguai (AEAMAU), Marlon Casanova, entre outras autoridades regionais e representantes de entidades e empresas patrocinadoras.

Contexto e importância do evento

Segundo Luiz Carlos da Silva, presidente do Sindicato Rural de Getúlio Vargas, o fórum teve relevância diante dos desafios enfrentados pelo setor, como altos custos de produção, juros elevados, endividamento e impactos das condições climáticas. “Nosso objetivo foi levar informação para que o produtor pudesse reduzir custos e aumentar a produtividade, mesmo diante de um cenário econômico delicado”, afirmou.

O prefeito Marco Antônio Sana destacou que Ipiranga do Sul é um município essencialmente agrícola e que a parceria com entidades do setor é fundamental para promover capacitação e apoiar o desenvolvimento da atividade. O secretário municipal da Agricultura, Erlon Baruffi, ressaltou que a programação foi pensada para abordar temas diretamente ligados à realidade dos produtores, como clima, mercado e manejo da cultura.

Palestras técnicas

A meteorologista Estael Sias abriu a programação com a palestra “Projeções climáticas para o 2º semestre de 2025 e início de 2026”. Ela apresentou dados atualizados sobre tendências de temperatura, chuvas e fenômenos climáticos, alertando para possíveis irregularidades na precipitação, ondas de calor no verão e risco de geadas tardias.

Entre os pontos abordados, Estael mencionou que havia cerca de 60% de probabilidade de ocorrência de La Niña de curta duração entre a primavera e o início do verão, o que poderia acentuar a irregularidade das chuvas. Também destacou a possibilidade de aumento na frequência de eventos extremos nos próximos anos, reforçando a importância de planejamento e adoção de tecnologias adaptadas às condições climáticas.

Na sequência, o engenheiro agrônomo Anderson Nunes Gabardo ministrou a palestra “A importância dos herbicidas auxínicos no controle de plantas daninhas”. Ele explicou o funcionamento desses produtos, os riscos de uso inadequado e sua relevância no manejo de plantas mais desenvolvidas. Gabardo observou que o problema muitas vezes não estava no herbicida em si, mas na forma como era aplicado, defendendo técnicas corretas para evitar deriva e prejuízos às culturas vizinhas.

O engenheiro agrônomo Elder Dal Pra, doutor em Engenharia Agrícola, abordou as “Bases legais para a aplicação de herbicidas hormonais no RS”, trazendo orientações para uso seguro e conforme a legislação.

Às 11h, o doutor em Agronomia André Luiz Radunz apresentou a palestra “Uso de bioinsumos na cultura da soja: da semente à colheita”, apontando alternativas sustentáveis e eficientes para a produção.

Encerrando o ciclo, o doutor em Economia do Desenvolvimento Antonio da Luz expôs a “Análise e perspectivas para o mercado da soja 2025/2026”, apresentando um panorama para planejamento e comercialização da safra.

Encerramento e apoio

Após as palestras, foi servido o almoço organizado pela comunidade local. O evento contou com patrocínio diamante do Sicredi, prata do Senar e Bayer, e bronze do Banco do Brasil, Pioneer, Adubos Coxilha e Olfar Agro.

A edição deste ano reuniu diferentes perspectivas sobre clima, manejo e mercado, oferecendo subsídios técnicos para decisões no campo. Os temas tratados refletiram demandas atuais da cadeia produtiva e indicaram tendências para a próxima safra.

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