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ENGIE leva inovação brasileira para operações no México

O erechinense Elinton Chiaradia, que já foi responsável pelas barragens da região, está no México para ajudar a implantar um centro de operação inspirado no sucesso da estrutura brasileira reconhecida mundialmente

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Elinton Chiaradia
Por Assessoria
Foto Divulgação

O Centro de Operação da ENGIE no Brasil se tornou modelo global para o Grupo desde 2021, quando a CEO Catherine MacGregor visitou as instalações, em Florianópolis (SC), e sinalizou a importância de estruturas semelhantes em todas as operações do Grupo em países com mais de 1 GW de capacidade de geração de energia. À frente desse feito esteve o então gerente de Operação, Elinton Chiaradia, que, agora, aplica a sua experiência na ENGIE México.

Desde julho, Chiaradia, que nasceu em Erechim e estudou no Haidée Tedesco Reali e no Mantovani, atua como consultor para a implantação de um centro de operação mexicano, confirmando o projeto de expansão do desenvolvimento brasileiro para a ENGIE no mundo e apoiando o propósito da companhia na transição energética, já que a melhor gestão operacional incrementa também o desempenho das fontes de geração de energia renovável.

Com 38 anos de atuação no setor elétrico, mais especificamente na área de geração de energia, Chiaradia, que morou em Erechim, e era responsável pelas barragens da região, se mostra um entusiasta da inovação e conta como isso o fez liderar a implantação do Centro de Operação no Brasil e quais os reflexos dessa experiência na operação mexicana. Acompanhe os principais trechos da entrevista.

Depois de uma longa trajetória no Brasil, você foi transferido para a ENGIE México recentemente. Pode contar o motivo?

Elinton Chiaradia: Em julho (2023), vim para o México com o propósito de apoiar o desenvolvimento de um Centro de Operação. A perspectiva é ficar aqui até o fim do ano, dando suporte para essa implantação. Como consultor, vim para trazer a experiência do que fizemos no Brasil. Há dois meses estou aqui e o projeto já está começando a andar bem. Já temos uma política de implantação, um cronograma sólido, análise de riscos e especificação técnica do que vamos implantar. Enfim, agora está tudo pronto para os próximos passos. 

A sua ida para o México representa a ampliação do conceito de Centro de Operação para outras unidades da ENGIE no mundo? Pode explicar?

Elinton Chiaradia: Exatamente. Depois que a Catherine MacGregor  visitou o Centro de Operação da ENGIE no Brasil, em Florianópolis, ficou decidido que todas as operações da companhia em países com mais de 1 GW de capacidade instalada em geração de energia deveriam ter uma estrutura semelhante. A implantação no México é resultado disso. O projeto está sendo bem executado, com bons profissionais na equipe. Estou adicionando a experiência do projeto do Brasil. E a ideia é também trazer parte da cultura que implantamos no Brasil, como a conexão que o operador da usina tem com o negócio como um todo. A operação é algo procedimental e a sua infraestrutura, engenharia, sistemas, domínio tecnológico, dentre outros aspectos, são pontos sobre os quais entendo que podemos contribuir, de modo a promover o crescimento e a estruturação da operação mexicana. 

Em outros aspectos, porém, a ENGIE México é diferente, e isso é uma oportunidade, pois posso aprender coisas novas aqui também. Uma curiosidade é que todos os operadores de usinas do México são engenheiros. No Brasil não é assim. A matriz mexicana tem outras diferenças também, a começar pelo fato de que, no Brasil, a ENGIE tem uma matriz de geração de energia majoritariamente composta por hidrelétricas, enquanto no México ela é majoritariamente solar. Não queremos, portanto, fazer um centro de operação igual ao do Brasil. O objetivo é criar um tão bom quanto ou melhor, mas considerando essas diferenças. 

Você entende que o Centro de Operação no Brasil é uma inovação, e por isso se tornou referência?

Elinton Chiaradia: Antes de falarmos do Centro de Operação, é preciso lembrar que a operação das usinas é amplamente procedimentada. É uma área com regras definidas, onde não se permitem desvios para que não se cometam erros. Ou seja, quero dizer que este é um setor cheio de processos. Quando falamos em erros no âmbito das hidrelétricas, estamos falando em potenciais grandes perdas e impactos de várias ordens, inclusive monetários. Acertar a operação, portanto, é essencial, e pode impactar nos resultados da empresa como um todo. Então, os procedimentos dentro da operação de uma usina hidrelétrica precisam ser respeitados e cumpridos. Diante disso, o nosso grande desafio foi inovar em um setor “padronizado” como este. Precisávamos melhorar a nossa eficiência e é aí que a inovação entra. Então, partimos em busca de conhecimento e outras formas de fazer acontecer. Encontramos boas ferramentas no mercado, mas que não eram adaptadas à nossa realidade. Buscamos melhorar aquilo que já existia (inovação incremental) para agregar melhorias às atividades, com pouco risco. E foi o que conseguimos. Hoje, o Centro de Operação da ENGIE Brasil, em Florianópolis e, a partir dele, os operadores controlam 20 usinas hidrelétricas do grupo, espalhadas pelo território nacional. Em outras palavras, a ENGIE opera as usinas a centenas ou até milhares de quilômetros de distância e a riqueza de tudo isso é o Centro de Operação.

 

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