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Política

Eleições 2020: história mostra que a indefinição faz parte do DNA dos partidos em Erechim

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Por Rodrigo Finardi
Foto Rodrigo Finardi

Com o período das convenções partidárias abertas, os partidos não têm mais muito tempo para se definirem. Dia 16 de setembro é o prazo limite. Para analisar o atual momento, preciso retornar no tempo e lembrar um pouco da história política de Erechim. Em 1993, Antônio Dexheimer (MDB) se elegeu prefeito com Luiz Schmidt (PDT) de vice.

1996

Em 1996, sem reeleição, Dexheimer não apoiou seu vice Schmidt e sim Jandir Santolin (MDB). Schmidt deixou a prefeitura e no apagar das luzes colocou o PT de vice com Clodomiro Fioravante, e venceu o pleito. Com alguns meses de governo, por problemas internos Schmidt pediu que o PT deixasse a prefeitura.

2000

Em 2000, depois de governar sem vice, foi a reeleição. Num primeiro momento era para ser seu vice Luiz Tirello (PTB), mas de última hora, o partido deixou o governo e Schmidt buscou para ser seu vice, Antônio Dexheimer (MDB). Foi quando Eloi Zanella (PP) voltou e teve como vice Luiz Tirello (PTB). Tiraram a reeleição de Schmidt.

2004

Em 2004, Eloi Zanella fez suspense até a última hora, para dizer que iria à reeleição. E na certeza, que a direita tem 30% cativo dos votos de Erechim, sua indecisão acabou criando três chapas de oposição: Antônio Dexheimer (MDB), Luiz Schmidt (agora no PPS) e Élio Spanhol (que era do PT e numa prévia interna histórica, venceu Ivar Pavan, com todo seu poderio político). Não deu outra, Zanella conquistou seu quarto mandato, novamente com Tirello (PTB de vice).

2008

Em 2008, Tirello (PTB), concorreu a prefeito com Eni Scandolara (PP) de vice. Foi quando apareceu um novato, Paulo Polis (que era vereador do PT, o mais votado em 2004) e numa união com o MDB venceu as eleições. Após a eleição, Tirello se reportou aos Progressistas, dizendo que não fizeram campanha para ele.  

2012

Em 2012, Polis (PT) e Ana (MDB) foram à reeleição e venceram José Rodolfo Mantovani (PP) com Vinícius Anziliero (PSDB) de vice, com larga vantagem. Nessa eleição os grandes da política não foram para a disputa. Mas quando janeiro chegou, de 2013, numa eleição complementar que acabou não saindo, Luiz Schmidt (agora no DEM) e Ernani Mello (PDT de vice) concorreram contra Anacleto Zanella (PT) e Edgar Marmentini (MDB). Polis assumiu em fevereiro de 2013.

2016

Em 2016, numa eleição histórica, três ex-prefeitos se uniram, com o objetivo de tirar o PT do governo. De um mesmo lado, até então impensável, Luiz Schmidt (agora no PSDB), Antonio Dexheimer (agora no PSD, mas não apoiou os candidatos de seu partido) e Eloi Zanella (PP). E de vice Marcos Lando (PDT), que conseguiu de última hora, fazer com que o candidato a prefeito do partido, Ernani Mello (PDT), desistisse da disputa.

Aberta as urnas, 12 votos de diferença (0,02%). Schmidt (PSDB) fez 23.819 votos (39,82%) e Ana Oliveira (MDB) fez 23.807 votos (39,80%).

2020

Agora, em 2020, uma situação inversa se observa nos movimentos políticos para as eleições de 15 de novembro. A oposição se organizou antes da situação. Dois candidatos naturais à prefeitura – Paulo Polis (agora no MDB) e Flavio Tirello (PSB) se unem, com apoio recente dos Republicanos (Ernani Mello), impossibilitando o lançamento de uma terceira candidatura de oposição (muitas vezes com apoio da situação), para que a situação buscasse os 30%, cativo dos votos. Isso exige um exercício de matemática gigantesco.

O governo e sua divisão

Aliada a essa conta matemática, sem Schmidt ir à reeleição, dois nomes do governo querem ir na cabeça, Marcos Lando (PDT) e Roberto Fabiani (PSDB). E todos os movimentos até então, demonstram que nenhum abre mão.

PDT busca partido de esquerda

Lando (PDT) e PT se aproximam, o que pode indicar o vice (Lucas Farina). Ontem à noite, o PT teve uma reunião com membros municipais e estaduais para encaminhar coligação e esta semana deve sair uma decisão.

PSDB à procura de um vice

O PSDB, de Roberto Fabiani, ainda não tem vice. No final da tarde de segunda-feira (31 de agosto), Luiz Schmidt teve uma conversa com o pré-candidato a prefeito Tiago The Police (PRTB). Schmidt afirma que essa foi a primeira e única reunião que participou. Buscou Tiago para compor, e não apenas conversar, segundo ele. Tiago quer ser cabeça de chapa, mas como o PSDB não abriu para Marcos Lando (PDT), que é o atual vice e faz parte do governo, é uma lógica difícil de entender. Muita coisa tem que mudar para ter PRTB na cabeça e PSDB de vice.

PL e Progressitas intensificam conversas

Outra chapa, que está adiantada nas conversas, é do PL, com Dodo Pagliosa para prefeito e Marinês Ronsoni (Progressistas) para vice. O PL fazia parte do governo e os Progressitas fazem parte do governo. Marinês ainda não decidiu, está pensando. Seria mais uma baixa na administração.

Até cinco candidatos

Caso ninguém desista de ser candidato à prefeito, teremos no mínimo quatro postulantes para suceder a Luiz Schmidt (PSDB). E se PSDB e PRTB não se acertarem poderão ser cinco: Paulo Polis (MDB), Marcos Lando (PDT), Cláudio Pagliosa (PL), Roberto Fabiani (PSDB) e Tiago The Police (PRTB). Como diz um membro de partido que está na disputa: “O Jackson Arpini é aprendiz perto desse povo que escapa, escapa e some”, referindo-se ao fato dele se ensaiar na vida política e na hora ‘H’, pular fora como um bagre ensaboado.

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