O tão aguardado asfaltamento da BR-153 (Transbrasiliana), no trecho que liga Erechim a Passo Fundo, voltou à pauta em Brasília nesta quarta-feira (24). A reunião ocorreu no Ministério dos Transportes, com a presença do ministro Renan Filho, lideranças políticas e representantes de entidades regionais.

O encontro teve como principal objetivo tratar do andamento do projeto, considerado estratégico para a mobilidade e o desenvolvimento econômico do Norte do Rio Grande do Sul. E essa é a primeira vez que o Ministério do Transporte, recebeu uma comitiva para tratar especificamente da Transbrasiliana.

Participaram da reunião, além do ministro Renan Filho, integrantes da equipe técnica do Ministério dos Transportes e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), incluindo o diretor-geral Fabrício Galvão.

Da região Alto Uruguai, participam da audiência, Flávio Tirello (vice-prefeito de Erechim); Vannei Mafissoni (presidente da AMAU e prefeito de Marcelino Ramos); Valmor Tomelero (prefeito de Erebango), Clairton Balen (vereador de Erechim). Márcia Balen Matté (vereadora de Aratiba); Mário Ceron (ex-prefeito de Ipiranga do Sul, que faz parte do Comitê Pró BR 153) e Rui Valença (Contraf Sul).

Os deputados federais Paulo Pimenta, Denise Pessôa e Deonilso Marcon e o senador Luis Carlos Heinze também estiveram na audiência pública.

De acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho, a obra terá prioridade para entrar no PAC assim que a Bancada Gaúcha destinar parte de suas emendas parlamentares ao projeto, já que a LOA (Lei Orçamentária Anual) do Ministério para 2026 está pronta. Será necessária uma emenda ao orçamento (e é possível), que só irá adiante, caso a Bancada Gaúcha, coloque a obra como prioridade no RS. Se essas condicionantes convergirem, a obra será licitada em abril de 2026. O valor que se espera da bancada é em torno de R$ 50 milhões, para uma obra orçada em R$ 580 milhões (valor total, com projeto e execução).

A comitiva presente em Brasília, ouviu do ministro, que as chances são reais, e que a evolução dos trâmites nunca esteve tão avançada. Foi entregue para Renan Filho, um dossiê do que representa a obra para o RS, e não apenas para uma região, pois se trata de uma nova via de acesso para o resto do país, que hoje dependente da ERS 135, que em determinadas horas do dia, está colapsada, pela quantidade de veículos que trafegam por ela.

O dossiê traz a história da rodovia, e é chancelado por praticamente todas as entidades representativas do Alto Uruguai e do Planalto, já que essa obra também é estratégica para Passo Fundo e municípios no seu entorno. A macrorregião Norte do RS (com dois milhões de habitantes) detém o segundo maior PIB do estado, atrás apenas da região metropolitana e a frente da região da serra.

Um ponto a favor, que essa obra, saia do papel após décadas de espera, é que o Governo Federal não tem nenhuma obra de infraestrutura em andamento no RS. E essa é uma rodovia que irá beneficiar toda a população gaúcha e não apenas uma região.

Agora, mais do que nunca, é momento de extrema mobilização de todos, para que os 31 deputados federais e três senadores, entendam a necessidade dessa rodovia para a população do Rio Grande do Sul.  É momento de diálogo, mas também, momento de ampliar a pressão.