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Opinião

Desemprego e programas sociais no Brasil

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Por Engº. Florestal Roberto M. Ferron – Consultor Florestal/Ambiental

Necessidade ou caça aos votos

              

 

Pretendia fazer uma matéria relacionada com a anterior, a relação do êxodo rural, o fenômeno do desemprego no Brasil versus oferta de trabalho. Para tal fui atras dos números no IBGE e outros dados. Mas, me deparei com os diversos Programas Sociais em funcionamento no Brasil. Nem eu sabia ou tinha conhecimento de tantos benefícios federal as famílias de baixa renda. Fora os benefícios do Estado e dos municípios.

Tem o Bolsa Família, BPC - Benefício de Prestação Continuada (para idosos acima de 65 anos, e pessoas com deficiência de qualquer idade); TSEE – Tarifa Social de Energia Elétrica, Auxílio Gás; FIES - Fundo de Financiamento Estudantil, PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil; Minha Casa Minha Vida, E recentemente, o Programa Pé-de-meia, entre outros auxílios e bolsas.

1º) Auxílio bolsa família: Em Erechim temos 3.206 famílias atendidas com 8.874 pessoas beneficiadas, totalizando investimento de R$ 2,177 milhões, com beneficio médio de R$ 679,11 por família;

2º) Beneficio de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142,00 as famílias beneficiários do bolsa família, totalizando em Erechim R$ 455.252,00;

3º) Benefício Complementar (BC), também destinada as famílias beneficiarias do bolsa família para quem recebe abaixo de R$ 600,00;

4º) Benefício da Primeira Infância (BPI): R$ 150,00 por criança destinado as famílias beneficiarias que possuem com filhos de 0 a 7 anos incompletos;

5º) Benefício Variável Familiar (BVF): R$ 50,00 para famílias beneficiarias que tenham gestantes, nutrizes, crianças entre 7 e 12 anos incompletos, ou adolescentes com idade entre 12 e 18 incompletos;

6º) Programa Auxílio Gás: benefício no valor médio de R$ 110,00 por família de baixa renda (tem adicional complementar em caráter temporário até novo programa). Em Erechim há 583 famílias com este auxílio totalizando R$ 60.632,00;

7º) Bolsa Auxílio Transcidadania, que beneficia população LGBT: R$ 720,00 por pessoa/mês;

8º) Programa Pé-de-Meia: para alunos do ensino médio da rede pública ou cursando o EJA com idade entre 14 e 24 anos, cuja renda familiar não ultrapasse a R$ 218,00 por pessoa. Incentivo mensal de R$ 200,00 por aluno, mais R$ 1.000,00 ao final do ano letivo, e adicional de mais R$ 200, pela participação no ENEM, cujo total do investimento esta estimado em R$ 9.200, equivalente a R$ 766,66 por mês;

 

Soma-se a tudo isto, o seguro-desemprego (de 3 a 5 parcelas), auxílio reclusão de R$ 1.412,00 por pessoa; auxílio ao indígena (salario maternidade, auxilio doença, pensão por morte, bolsa família, auxilio reclusão); auxilio ao quilombola, auxilio ao pescador, entre outros.

Apareceu tanto auxílio e bolsa que teria que ficar pesquisando e lendo por mais uns dois dias.

Aqui não se questiona se é valido ou não estes tantos benefícios, bolsas e auxílios. Compreende-se que realmente há famílias e pessoas que carecem de ajuda de toda a ordem, seja financeira, psicológica, educacional, entre outras.

A questão é outra, de onde virá tanto recurso financeiro para atender estes necessitados? Como fazer com que estas pessoas e famílias possam progredir, evoluir, e melhorar sua condição de vida? Por quanto tempo perdurará tais benefícios?   

Tratando de emprego, onde está o povo desempregado do Brasil? Em centenas de municípios do RS e do Brasil há vagas para emprego em milhares de empresas. Mas, onde estão os sete (7,0) milhões de desempregados do Brasil (dados recentes do IBGE)?

Cita-se o exemplo de Erechim, onde muitas empresas da cidade estão oferecendo vagas de trabalho, que superam a 2.700 postos de trabalho. Não sendo diferente em grande parte dos demais municípios do RS.

O prefeito de Bento Gonçalves lançou um desafio, troca o bolsa família por emprego. Qual será o resultado?

 

 

 

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