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Opinião

A magia do Natal num tempo de esperança - I

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Por Marlei Carmen Reginatto Klein
Foto Divulgação

A magia do Natal num tempo de esperança - I

 

A comemoração do Natal pelo mundo. O mês de dezembro nos faz voltar e rever, a cada ano, a alegria da festa do Natal e as expectativas de um novo ano. É a magia do Natal que se estende na esperança de um ano novo com a chance de recomeçar tudo outra vez. Do encantamento nasce a inspiração. Da inspiração brotam os pensamentos. Dos pensamentos jorram as ações...

 

 

Natal em Belém

Em Belém, acontecem as eternas tradições. Cidade bíblica onde os cristãos revivem o que comemoramos no dia 25 de dezembro: o nascimento de Jesus Menino. A visita à gruta do nascimento de Jesus e ao Campo dos Pastores nos leva à imaginação.  Sentimos reviver o que lá aconteceu há muito tempo! Durante a visita que realizei ao Campo dos Pastores, vários corais, do mundo todo, elevavam suas vozes no cântico Noite Feliz. Várias línguas, vários tons, mas a emoção era a mesma em todos os corações. Aquelas vozes criavam vida no descampado e subiam em oração. Induziam a crer, a rever e a recriar cenas no que lá uma vez aconteceu.

 

Belém

Está localizada num vale, numa cidade árabe. Ela sempre foi, para os cristãos, a suprema experiência de vida na noite de Natal. Peregrinos, do mundo todo, são atraídos para esse lugar há muitos séculos, desde que, em 326 d.C., a Rainha Helena, mãe do Imperador romano Constantino, o Grande, encontrou a gruta onde Cristo nasceu. Agora, num chão abaixo do solo, numa igreja ortodoxa, está marcada por uma estrela de prata de 14 pontas, onde poderia ter sido o local da manjedoura. Tudo está localizado num pequeno ambiente, de difícil acesso. O que mais dificulta chegar, são as multidões se acotovelando para chegar. No ano de 2022, o famoso trio “Il Vollo” entoou, na véspera de Natal, aos pés da estrela, “Noite Feliz” levando as multidões de espectadores às lágrimas.

 

Igreja da Natividade

Foi concluída em 333 d.C. É o mais antigo templo da Terra Santa e um dos lugares mais sagrados do Cristianismo. Ela é compartilhada por três igrejas: a Ortodoxa Grega, a Católica e a Católica Armênia. Ao lado, da Igreja da Natividade, está a de Santa Catarina mantida sob os auspícios da Ordem Franciscana da Igreja Católica Romana. São locais onde a devoção transparece de diversas formas pelos cristãos.

 

A comemoração do Santo Natal

 Tradicionalmente, na Igreja da Natividade, eram realizadas cerimônias religiosas nos dias 24 e 25 de dezembro para os católicos. Dia 7 de janeiro para os gregos ortodoxos e 19 de janeiro para os armênios. Para estes últimos, acontecem variações nos rituais. A data pode variar de acordo com o calendário deles. Após, a Missa Especial do dia 24 de dezembro, os fiéis lotavam a praça defronte para ouvir uma execução, ao vivo, com grande coral e orquestra. Iniciava com o lindo “Jingle Bells” e, depois, outras canções de Natal. O local dessa realização fica a 10km a oeste da Cidade de Jerusalém. Hoje, por motivos óbvios, essas atividades estão suspensas.

 

Os símbolos do Natal

Além de ser, por excelência, a celebração da solidariedade universal, o Natal é marcado por uma simbologia que resiste ao tempo e ultrapassa fronteiras. Muitos não percebem, contudo, como surgiram esses símbolos e quais são seus significados. Muitos elementos pagãos foram tomados, ao longo do tempo, e cristianizados. São os casos da árvore de Natal, das velas e do próprio dia 25 de dezembro, que não consta na Bíblia. No ano 449, o Papa Leão I oficializou 25 de dezembro para comemorar o nascimento de Jesus, como uma das principais festas cristãs. Em 529, a data foi declarada feriado oficial no Império Romano do Oriente.

 

Natal, tempo de esperança

Neste tempo de Advento, poderíamos reunir em pensamento e colocar no altar da palma da mão todos os familiares e amigos, próximos ou distantes, e na grande liturgia da vida celebrar o mistério do tempo, do passado, do presente e do futuro. O tempo do mistério daquilo que foi vivido. Mais um Natal abre as cortinas para a aurora de um novo ano. Celebrar o mistério de Deus e da pessoa humana, encarnada na debilidade e na inocência de um menino. Lembrar que também nós somos frágeis, como a cana curvada pelo sopro do cansaço, como a areia transportada pelo vento do esquecimento, como o dia banhado pela chuva dos nossos desprazeres, como o crepúsculo matutino escurecido pelas nuvens das nossas decepções e fracassos. A nossa humanidade é vestida de fragilidade. Mas, o Natal é tempo de esperança...”. Palavras proferidas numa liturgia de Natal.

 

A família e o Natal

A família é sempre um bom sinal para se avaliarem as transformações do mundo. Valores que há décadas pareciam imutáveis se dissolvem em meio às diferentes bagagens afetivas de cada um. A vivência do “Espírito de Natal” exige muita tolerância. O que há de diferente com a noite de Natal? Os presentes continuam lá, a árvore também, as cantigas e os sinos continuam. A Missa do Galo, tão importante para nossos avós, hoje passou a ser celebrada, às vezes, no início da noite. Questões de segurança e mudança de interesse dos jovens. A família, hoje, é complexa e passa por constantes mudanças. Como celebração tipicamente familiar, o Natal é o espaço da agenda social reservado para celebrar a trégua entre as pessoas, que já dividiram o mesmo lar. A necessidade da Família garante a união no Dia de Natal.

 

Conclusão

Celebrado em todo o mundo, o Natal mantém seu caráter de festa religiosa e ganhou, em cada país, ingredientes próprios que o transformaram também numa grande comemoração popular. A fraternidade e a alegria que marcam o “espírito natalino”, contudo, são comuns a todos os lares e unem os mais diferentes povos. Não há festa religiosa que tenha se entranhado com mais força nos costumes e na vida das mais diferentes nações do que o Natal - A festa que une.

 

 

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