Liz Kelly, Salete Samuel e Selma Guedes atuam como protetoras voluntárias e independentes e esclarecem como muitos problemas poderiam ser evitados se a sociedade, como um todo, tivesse mais consciência da responsabilidade sobre animais domésticos. Em entrevista, elas afirmam que o índice de pets abandonados continua aumentando, pois as punições para esses casos são muito falhas e desinteressantes aos olhos dos representantes políticos.
As voluntárias oferecem suas casas como lar temporário, mas às vezes não dão conta de abrigar os bichinhos que são resgatados, por abandono ou maus tratos. Quando recebem pedidos de socorro, vão até o local oferecer orientação básica e, dependendo do caso, ajuda para carências específicas, as quais o animal necessita. A intenção é sempre oferecer uma melhor qualidade de vida para o pet, por exemplo uma corrente maior, ração e um espaço mais confortável. Há casos muito preocupantes que as protetoras se deparam, como casinhas sem telhado e cheias de água; água para beber contaminada, alimentação inadequada e ambientes muito fechados e sujos, com lama e lixos.
Liz e Selma atuam há pelo menos 15 anos como voluntárias e Salete, há oito. Elas relatam como não contam com grandes ajudas financeiras e cobrem parte de seus custos através de ações solidárias, brechós e pedidos em redes sociais. Os principais gastos são atendimentos cirúrgicos, remédios e hotéis. Independente disso, se colocam à disposição para auxiliar nos casos que chegam até elas. Se houver necessidade, acionam a Polícia, Patram ou Diretoria do Bem-Estar Animal. Atualmente abrigam 13 cachorros e gatos, sem contar os filhotes, em suas casas esperando adoção. Porém, há muitos casos que não chegam até elas, em que as pessoas deixam de denunciar ou não ficam sabendo.
Ações que podem ajudar
Segundo as protetoras, o município poderia propiciar palestras voluntárias sobre a importância das vacinas e castrações. A maioria das pessoas não realiza tais procedimentos porque não entende a tamanha necessidade, principalmente da vacinação, que previne doenças graves. Selma salienta que “possíveis problemas futuros podem ser evitados com um esclarecimento à população e a parceria de veterinários e nós protetores, que nos disponibilizamos em auxiliar com o maior prazer”.
Outro ponto que as voluntárias levantam para quem se interessa em ajudar:
- Conhecer as leis de defesa aos animais;
- Ficar em alerta quanto a possíveis maus tratos e não ter medo de denunciar;
- Acompanhar pelas redes sociais os casos que são solicitados ajuda;
- Apoio financeiro é uma grande contribuição de quem não pode ir a campo.
Ainda frisam que não há a obrigação de estar por trás de uma ONG, com uma grande estrutura, para ajudar. Basta ter atitude, seja com doação, resgatando ou oferecendo lar temporário se tiver condições. Para maiores informações, como adoção, por exemplo, pode entrar em contato com o perfil Selma Guedes, moradora de Erechim, no Facebook.