12°C
Erechim,RS
Previsão completa
0°C
Erechim,RS
Previsão completa

Publicidade

Opinião

Rãs, sapos e pererecas (Parte II)

teste
1
2
Por Jandir Chiaparini - Licenciado em Ciências Agrárias e Bacharel em Direito

Há mais de 45 gêneros e 560 espécies de rãs no mundo, algumas adaptáveis ao cativeiro e comestíveis. É um exemplo a interessante Rana catesbeiana Shaw (1802), originária dos Estados Unidos, lá chamada de "bullfrog" e aqui de "rã touro gigante". Porém, sendo ela uma espécie exótica (que tinha o seu ciclo de vida fora do Brasil), representa hoje em dia, junto a outros animais nessa mesma categoria, uma ameaça direta a 9% da fauna considerada em extinção no Rio Grande do Sul.

O langostim Parastacus brasiliensis tem sido uma das vítimas. Sabe-se que a rã touro gigante já colonizou espaços do Sul, Sudoeste e Centro- -Oeste do Brasil, e o seu hábito alimentar generalista e a rápida reprodução põem em xeque alguns animais nativos. Quais as diferenças entre rãs machos e fêmeas? As mais perceptíveis são que apenas os machos coaxam, especialmente em época de reprodução.

Então, até aqui, já sabemos que a rã não é a fêmea do sapo, como, às vezes, escutamos por aí. Rã é rã, sapo é sapo! E tem mais: perereca é perereca! Vamos conhecer mais sobre este assunto, esclarecendo as diferenças entre estes animais:

Como já citado, os sapos são vítimas frequentes de maus-tratos por seres humanos ao longo da história. Talvez, alguns leitores tenham ouvido falar de pessoas que, por medos exagerados, superstição ou crueldade, já tenham colocado brasas na boca de sapos, ou jogado sal sobre o seu corpo, para matá-los. Há quem os enterre de barriga para cima ou os use para rituais religiosos, bruxarias etc. São tantas maldades... Sapos, rãs e pererecas, com pontuais exceções, são inofensivos às pessoas, basta não os provocar, não invadir o seu território e deixá-los em paz. Eles só querem viver!

E para isso alimentam-se de insetos, aranhas, besouros, lesmas entre outros invertebrados que, curiosamente, atacam plantas, hortas e jardins. Esses animais, nestes casos, podem ser aliados dos seres humanos. Lembro de ter lido que a Alemanha importou sapos do Brasil na década de 1970 para fazer controle biológico no seu meio ambiente. Sabe-se ainda da inserção de sapos venenosos (sapos-flecha) na ilha de Oahu, no Havaí, para controlar a população de pernilongos.

 

 

Publicidade

Blog dos Colunistas