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Bairros

Bairro Rio Tigre: Revolta e abandono

Há anos comunidade luta por melhorias e não é atendida

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Tigre
Carros circulam na contramão
Problemas persistem, mesmo depois de asfaltada a rua
Bairro não tem parada de ônibus e luta também por uma praça
Por Ígor Dalla Rosa Müller
Foto Ígor Dalla Rosa Müller

Os moradores do Bairro Rio Tigre estão revoltados com a prefeitura, as péssimas condições do acesso ao local, das ruas onde moram e precisam trafegar todos os dias.   

Segundo a moradora do Bairro Rio Tigre Industrial, Elisandra Paska, a situação está complicada, o bairro está abandonado, tem mato nos passeios, não tem parada de ônibus urbano, sem contar as condições das ruas que estão uma “vergonha”. “A prefeitura joga a responsabilidade para o loteador e nada é resolvido. Estamos cansados de abrir protocolos na prefeitura e nada se resolver”, afirma.  

Conforme o presidente do Bairro Rio Tigre, Alexandre do Canto, a maior demanda do bairro é o asfaltamento do acesso e, também, das ruas que o transporte público, que os ônibus precisam passar. “Foi arrumado a pior parte aqui do acesso, mas ainda tem que mexer nos bueiros, tem muita obra para se fazer”, disse.

Já faz tempo que a comunidade está solicitando as obras de melhorias, e como não estão ocorrendo a situação da rua vai ficando cada vez pior. Um exemplo, é uma cratera na rua logo na chegada do bairro, que não está sinalizada e poderia causar um acidente grave.

Segundo Alexandre, em vários pontos do bairro o calçamento está se soltando, as pedras estão levantando, criando buracos, ondulações, que dificultam muito o trânsito dos carros e dos ônibus, trazendo perigo para motoristas e pedestres. “Já estamos cansados de fazer pedidos para prefeitura e não ser atendido”, diz.

Alexandre comenta que o bairro foi inaugurado há sete anos e não poderia estar nessa situação. Hoje, os dois bairros do Tigre têm aproximadamente mil moradores. Enquanto entrevistava o presidente do bairro, mais de um morador parou no meio da rua para se queixar do estado precário das ruas. Uma senhora de moto disse que quase se acidentou no local onde foi feito um remendo nos buracos.    

“Estamos indignados com essa situação, porque isso não é de agora. Vem acontecendo há anos. Mas já estamos indo para o quarto ano do governo atual que só está nos enrolando. Me disseram que dentro de 15 a 20 dias a prefeitura vai começar a arrumar. Mas quem nos garante isso”, questiona.

Isso porque, enfatiza Alexandre, essa situação vem se arrastando há muito tempo. “Tanto é que está no Ministério Público”, afirma.

Ele diz que o sentimento é de muita revolta. “Porque pagamos impostos, IPTU, tudo em dia, e não nos dão condições pra trafegar, para o ônibus. Eu mesmo tive que mandar arrumar o meu carro três vezes, não tem suspensão que aguente as condições dessa estrada. Como aquela senhora que acabou de passar aqui e quase caiu de moto ali embaixo. Nos dias de aula isso aqui fica um horror, fica muito perigoso. A gente se sente jogado de lado”, afirma.

O presidente dos bairros, ressalta que além da entrada do bairro, várias outas ruas estão com problemas. “A promessa de campanha pra mim foi de que as portas da prefeitura sempre estariam abertas. Elas estão abertas, mas só aberta não adianta nada, porque eles não fazem o que precisa fazer”, ressalta.

Paradas de ônibus

Alexandre comenta que o bairro tem linha de ônibus urbano, mas não tem paradas para se abrigar.

Praça

Outra demanda e luta dos moradores é por uma praça, um local de lazer e descanso. “Conseguimos na época R$ 350 mil do Orçamento Participativo e o governo não cumpriu. E ficou por isso. A nossa esperança é um novo governo, pra gente conversar. Falta uma praça aqui no bairro, os guris jogam bola na rua, correndo o risco de se acidentar”, afirma.  

Prefeitura

O secretário de Obras de Erechim, Vinícius Anziliero, comenta que até o final do mês deve se dar continuidade ao asfaltamento da Rua Hiram Sampaio, que dá acesso ao bairro. E, posteriormente, será realizada a pavimentação das ruas que o transporte coletivo urbano faz a rota. “A Hiram já está na programação”, afirma.

O secretário observa que o pavimento deve resolver os atuais problemas do bairro na questão do trânsito. “O restante da rota, se tudo der certo, será no segundo trimestre”, observa Vinícius.

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