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Erechim 101 anos

IFRS: transformações que transcendem os limites do município

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Diretor do campus Erechim do IFRS, Eduardo Predebon
Por Amanda Mendes
Foto Amanda Mendes

Erechim: um município agraciado com a oferta do ensino público e gratuito é também uma exceção, considerando que conta com duas instituições federais, entre elas, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Para o diretor do campus, Eduardo Predebon, a presença da instituição reforçou o polo educacional que se consolidou na cidade, mas também, auxiliou na promoção de diversas modificações que visam o desenvolvimento e crescimento do município.

A história do IFRS pode ser curta (com aproximadamente 10 anos), mas já colhe resultados expressivos. “Além de nos destacarmos em diversas premiações, o Instituto, certamente, trouxe grandes transformações, principalmente microrregionais. No próprio bairro onde o campus está localizado (Três Vendas), há uma década, já se modificou de maneira significativa e eu atribuiu grande parte dessas transformações a presença do instituto, que incentivou a instalações de novas agências bancárias, lojas e empreendimentos”, argumentou o diretor.

O impacto da instituição transcendeu os limites do município, “teve uma importância muito grande para o desenvolvimento não só de Erechim, mas de toda a região Alto Uruguai”, pontuou Predebon, citando, ainda, que ao longo desse período tem recebido estudantes de todos os municípios da região, bem como, de outros estados. “Como é uma instituição pública e federal, não temos uma missão local e sim, nacional. Contudo, nesse período tivemos a oportunidade de participar em atividades de planejamento regional, inclusive por meio da Agencia de Desenvolvimento, por exemplo, na elaboração do último Planejamento Estratégico Regional datado de 2015 até 2030”, complementou.

Educação pública, gratuita e de qualidade

Nesse pouco tempo, os cursos oferecidos se destacam em avaliações do Ministério da Educação (MEC). “Nossa única função é a educação e, com isso, todos os servidores e docentes, atuam apenas no desenvolvimento educacional, ou seja, não possuem atividades paralelas. Esses resultados e premiações que recebemos nos últimos anos são apenas a combinação de fatores entre professores e servidores bem qualificados e focados em pesquisas, ensino e projetos de extensão, mas também do potencial de nossos alunos. Afinal, para uma instituição ter bons resultados é preciso ter bons alunos”, argumentou o diretor.

Desta forma e considerando a camada da população que o instituto atende, os impactos de sua instalação não contribuiu apenas com o desenvolvimento do município, mas, sobretudo, dos estudantes e suas famílias. “Nosso grande diferencial é atender um público que antes nunca teve oportunidade de acessar a universidade. Cerca de 50% das nossas vagas são direcionadas às cotas e percebemos que esse público é altamente capacitado, com enorme potencial, mas que não era assistido. Muitas vezes, são as primeiras pessoas da unidade familiar a ter acesso ao ensino técnico e superior e isso acaba motivando outros membros da família”, enfatizou Predebon.

No entanto, como todas as instituições de ensino, também está enfrentando desafios para seguir potencializando as formações. “Nosso principal impasse é o governo federal. É preciso que eles compreendam a educação como vetor fundamental para o desenvolvimento econômico, social, político e até emocional. Nossa fonte de financiamento são os recursos federais. Se eles não a percebem como prioridade os repasses serão restritos”, pontuou o diretor.

Mas as perspectivas ainda avistam um horizonte promissor. “De qualquer maneira vamos fazer os investimentos necessários para seguir crescendo, principalmente agora com a oferta do ensino médio integrado e do curso de pós-graduação. E como se trata de um Instituto, sempre vamos alterando nossas formações para se adequar às demandas da região e do mundo do trabalho”, concluiu Predebon.

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