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Blog do Coluna do Leitor

01 - Jazz Típica Ideal na escada Clube do Comércio década de 1950 - Renato Mársico, Paulo Kameneff,

O Crooner Renato Mársico

Por Coluna do Leitor

Músicos de Erechim

Nascido no dia 14 de novembro de 1938, filho de Licínio Mársico e de Abelina Molardi, o cantor Renato Mársico (ou crooner como era chamado)foi muito atuante no cenário musical erexinense nas décadas de 1950-60, apresentando-se em bailes, serenatas e programas de rádio.

Seu avô paterno Francisco Mársico trabalhava no exército italiano na segunda metade do século XIX, quando migrou para o Brasil, conhecendo sua futura companheira no navio. Sua avó materna, por sua vez tinha uma casa de pasto em Boa Vista.do Erechim, que era um misto de hotel, restaurante e local para deixar os cavalos pastarem.

Sua mãe com alguns problemas de visão necessitava de medicamentos e consultas constates na cidade de São Paulo, seu pai aproveitava estas viagens para fazer compras para seu comércio e revende-las em Erechim.

A música e a cultura estava muito presente em sua família, principalmente através de seu tio Fábio Mársico e seus primos Lígia, Gilberto, Gladstone Osório Mársico (importante escritor erexinense) Leda Osório Mársico (professor de música da UFRGS que escreveu diversos livros sobre educação musical).

Com seis anos de idade Renato foi estudar como interno no colégio das freiras na cidade de Barão de Cotegipe, onde tem contato com aulas de violino. Com o tempo passa a estudar em diversas cidades como Erechim, Passo Fundo, Santa Maria e Porto Alegre.

Durante a adolescência começa a participar dos programas de calouros da Rádio Erechim chamados Gurilândia Clube e À Procura de Valores, que eram realizados aos domingos, sendo o primeiro uma categoria para calouros mais jovens que o segundo. Venceu diversas vezes em ambas as categorias, tantas vezes que a organização o colocou como participante sem concorrer com os demais, para que outros também tivessem a oportunidade. Além disso, participou com um artista amador da União Erechinense dos Estudantes, cantando e atuando em peças teatrais.

Apesar de cantar de forma autodidata, teve algumas aulas de canto com uma professor polonesa que morava em Erechim, esta tendo um piano em sua casa, o utilizava para estas aulas.

Em um aniversário da Rádio Erechim, que foi realizado uma apresentação no Cine Teatro Ideal, cantou Granada do compositor mexicano Augustin Lara com acompanhamento ao piano de Oswaldo Engel.

Após prestar o Serviço Militar obrigatório retornou a Erechim por volta de 1956, sem emprego e sendo conhecido do pianista Oswaldo Engel desde os tempos dos programas de calouros, onde Oswaldo o acompanhava ao piano, este lhe convida para integrar o grupo Jazz Típica Ideal, que além de Oswaldo Engel ao piano, também contava com Dorval no guitarra, Francisco Basso Dias na percussão, Cunha na bateria, Agenor Ramos no trompete, Paulo Kameneff no saxofone contralto e João Ramos no saxofone tenor.

Com este grupo tocou bailes e serenatas (onde o grupo utilizava instrumentos portáteis como o acordeom e violão ao invés do piano e guitarra) em diversas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em especial na Boate Indiana, reduto do grupo na cidade de Erechim.

O repertório do Jazz Típica Ideal de Oswaldo Engel consistia em tangos, boleros, milongas, fox trot e sambas, porém com o surgimento de novos gêneros de música popular como o rock and roll e a Jovem Guarda, o espaço destinado a Jazz Típica Ideal diminuiu.

Trabalhou como sonografista na Rádio Erechim onde também participava do programa Um piano dentro da noite, onde Oswaldo Engel tocava piano e Renato Mársico juntamente com outros cantores se revezavam nas canções populares da época.

Começou a trabalhar no Banco da Lavoura de Minas Gerais (que na década de 1970 se subdividiria em Banco Real posteriormente Santander; e Banco Bandeirantes posteriormente Unibanco e Itaú), porém manteve suas atividades ao lado de Oswaldo Engel até este adoecer e parar com as atividades do grupo, dissipando seus integrantes

Casado com Maria Justina, uma professora aposentada de piano e teoria musical da Escola Municipal de Belas Artes Osvaldo Engel, com quem teve três filhas Gianini, Cristine e Carine, e dois netos Vicente e Luíza.

Estudou diversos instrumentos ao longo da vida como saxofone com xxxx Moron, o violino Frederico Schubert e Ernesto Kreische, piano com sua esposa Maria Justina, violão com os professores Sílvia Petry, Jessé e Arnaldo Savegnago, porém sua via de expressão sempre foi o canto.

Gravou um disco solo em 2006 chamado Devaneios: Passado e Presente, onde canta clássicos do repertório de sua época, com tangos e boleros, lançado pela Gravadora LC Produções.

Jazz Típica Ideal no palco do Clube do Comércio década de 1950 com Durval, Oswaldo Engel, Renato Mársico, Francisco Basso Dias, Cunha, Agenor Ramos, Paulo Kameneff e João RamosJazz Típica Ideal no Clube do Comércio na década de 1950 com Paulo Kameneff, João Ramos, Agenor Ramos, Oswaldo Engel, Renato Mársico, Francisco Basso Dias e Dorival Cunha

Festa com Oswaldo Engel e grupo com amigos, primeira esposa de Euclides Tramontini

Oswaldo Engel no acordeom com amigos

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