De acordo com dados divulgados pelo canal Meio & Mensagem, o país registra atualmente, cerca de 144 milhões de usuários de redes sociais. Apesar do volume, o tempo médio de uso das plataformas tem caído, sobretudo entre os mais jovens.
A tendência é global. Levantamento do Financial Times, baseado em informações da GWI, indica que o tempo de uso das redes atingiu o pico em 2022 e recuou cerca de 10% nos países desenvolvidos. O New York Times aponta que o mesmo fenômeno tem levado empresas a reforçar investimentos em veículos tradicionais, com destaque para o meio impresso, que recupera relevância como fonte de credibilidade e análise aprofundada.
Para a presidente da ADI Multimídia, Patricia Cerutti, o cenário indica uma reconfiguração natural do ecossistema de comunicação. “A credibilidade das plataformas tradicionais, da marca vinculada a conteúdo com procedência e qualidade, mesmo que em ambiente virtual, tem ganhado cada vez mais valor e audiência. O interessante é ver que este movimento está acontecendo também com a geração mais jovem, que está atenta ao que consome de informação. Isso é muito positivo e reforça nosso papel como mídia tradicional”, afirma.
Especialistas ressaltam que a mudança não representa abandono das plataformas digitais, mas a busca por um novo ponto de equilíbrio na alocação de recursos entre os diferentes canais de mídia.