Foi na primavera, na estação das flores e plantas, que morreu, na madrugada de quinta-feira (25), César Tito Pedrollo (05/02/1959), aos 66 anos, no Hospital de Caridade, em Erechim. Ele deixa um filho, Felipe Turski, muitos familiares e amigos. Tito estudou no antigo Subúrbios (Colégio Imlau) onde cursou o 2º grau. Prestou serviço militar no 12º Batalhão de Engenharia e Combate (BE), em 1978, em Alegrete.
Trabalhou como torneiro mecânico nas empresas Menno e Intecnial. Foi vendedor de tratores na empresa Marino F. de Andrade. Trabalhou durante um período na empresa de transporte Reunidas e como vendedor da Mapel.
Na década de 1990, Tito foi sócio no Restaurante Del Prete, no modelo de economato do C.E.R Atlântico. Em seguida vendeu a sua parte no restaurante e foi empreender, em São Borja, junto com o amigo, Carlos Cancian. Trabalhou também como corretor de imóveis.
No Clube Esportivo e Recreativo Atlântico (C.E.R Atlântico) Tito encontrou a sua vocação e trabalhou por, aproximadamente, 36 anos, sendo um dos funcionários mais antigos. Foi um dos vendedores que mais vendeu títulos do clube rubro verde e isso o fez ser uma das pessoas mais conhecidas de Erechim.
Conhecido como Jabuti ou Vagabundo, como carinhosamente chamava seus amigos e familiares, Tito era um exemplo de ser humano, e atrás do seu jeito tosco, grosseiro, para quem não o conhecia, havia um enorme coração, muita lealdade e bondade, um grande parceiro para toda empreitada, principalmente, quando se tratava de ir acampar no mato ou pescar em açudes e barragens, ouvir música gauchesca, fazer um fogo estalado e alto na estrada, tomar um trago, jogar general, com as suas emblemáticas frases: “não corre atrás e três seco”.
Tito falava pouco, era mais de observar e ouvir, mesmo que com dificuldade, e só se manifestava quando realmente necessário. César Tito Pedrollo era um sujeito simples, e por isso mesmo grande, por cultivar a vida, em cada canto que passava, sabia como poucos fazer e manter amizades.
A sua trajetória de vida é marcada pela integridade, amor à natureza, dedicação as plantas e pássaros, deu de comer para muitos deles e plantou inúmeras espécies de árvores, frutíferas e de flores, todos os tipos, cores e tamanhos, em Erechim e em muitas cidades por aí Brasil afora.
Em 11 de janeiro de 1950 morria o avô, Ernesto Pedrollo, o jornal Roteiro na sua primeira página utilizou o título “Humilde, por isso mesmo grande”, para homenagear Ernesto. Passados 75 anos, não há frase melhor que defina esta grande perda. Vá em paz, Vagabundo.