O projeto "Como nasceu Erechim?" é uma iniciativa da EMEI Barão do Rio Branco que visa integrar a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) ao aprendizado das turmas do Pré B. A proposta envolve alunos e famílias no reconhecimento das diferentes culturas que compõem a identidade da cidade.
De acordo com a coordenador Chaiane Orso, as atividades do projeto começaram em agosto e foram se aprofundando conforme o interesse dos alunos. A construção da linha do tempo foi uma sugestão da equipe, com o objetivo de apresentar os diversos povos e culturas que constituem o município.
“O projeto está alinhado com a legislação sobre Educação das Relações Étnico-Raciais, que exige a inclusão dessa temática no currículo. Na metade do ano, houve uma formação com a Professora Vânia Pinheiro, que forneceu informações relevantes sobre essa legislação e motivou a equipe a elaborar o projeto. O planejamento inicial ocorreu durante esses encontros de formação pedagógica e foi sendo desenvolvido ao longo do semestre. A Professora Vânia Pinheiro e o Professor André Ribeiro foram fundamentais para embasar a discussão histórica das culturas envolvidas”, acrescentou a coordenadora.
Construção da linha do tempo
As crianças participaram da construção de uma linha do tempo que representa a diversidade cultural de Erechim. Utilizando a revista em quadrinhos "As cores do Bota Amarela", de Maurício Antunes e André Ribeiro, os alunos exploraram a história dos povos indígenas, africanos e a imigração de diversos grupos ao longo dos anos.
Atividades práticas
O projeto incluiu atividades práticas, onde os alunos prepararam receitas típicas de diferentes culturas e realizaram brincadeiras tradicionais. Entre as receitas feitas, estavam a cuca alemã, o kibe do Oriente Médio e a cachapa venezuelana. Essas atividades contribuíram para a compreensão das tradições de cada grupo cultural.
Reconhecimento das culturas
A professora Salete Cordone abordou a trajetória dos primeiros habitantes de Erechim, como os indígenas e africanos. As crianças aprenderam sobre figuras históricas como Zumbi dos Palmares e a criação das bonecas Abayomis. As atividades também incluíram as culturas dos imigrantes poloneses, israelitas, italianos e alemães, destacando suas tradições e modos de vida.
Continuidade do projeto
Desde agosto, as turmas têm se dedicado a este projeto, que continuará por mais tempo. As famílias participam ativamente, contribuindo com informações que enriquecem o aprendizado. O projeto busca promover uma compreensão mais ampla da pluralidade cultural, formando cidadãos críticos e engajados.