Há pouco mais de um ano, o MEC aprovava a implantação do curso de Medicina na URI – Campus de Erechim. Entre as várias tramitações, no fim da tarde de ontem (12), a redação do Bom Dia obteve a informação de que estão previstas mudanças no processo para autorização do curso.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Contas da União informou que a Ministra Ana Arraes reiterou o voto para anulação do edital.
Segundo o órgão, o assunto está sendo analisado no TC 022.106/2015-4, que trata de representação sobre possíveis impropriedades nos procedimentos disciplinados pelo Edital 6/2014 da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, que realizou chamamento público para recebimento de propostas e seleção de mantenedoras de instituições de educação superior com vistas à instauração de cursos de Medicina nos municípios especificados naquele instrumento convocatório, no âmbito do denominado programa “Mais Médicos”.
Possíveis mudanças
Fontes extra oficiais relataram que o caso ainda está sob avaliação, e que mesmo a Ministra tendo considerado o processo nulo, um ministro teria pedido revisão.
Diante disso, as 39 instituições de ensino que participam do certame, entre elas a Universidade Regional Integrada – URI – campus de Erechim, possivelmente terão que encaminhar os próprios projetos de forma independente.
O diretor geral da URI, Paulo Sponchiado, comentou que o único fato de que tem conhecimento, diz respeito à sessão do TCU realizada no último dia 6, oportunidade em que a Ministra reiterou a disposição em anular o edital. Sponchiado acredita que o assunto poderá estar em pauta na reunião de hoje (13).
Mais informações estão previstas para os próximos dias.
URI em busca do curso de medicina
Em 09/10/2015, uma medida cautelar da ministra Ana Arraes, relatora do processo, suspendeu os procedimentos decorrentes do edital 6/2014 até que o Tribunal decida sobre o mérito das questões suscitadas.
Na sessão realizada no dia 17/02/2016, o Ministro Vital do Rego pediu vista do processo.
Em 24/02/2016 a relatora informou ao Plenário que existem outros processos em tramitação neste Tribunal relatando irregularidades similares àquelas tratadas no TC 022.106/2015-4, entre eles o TC 000.113/2016, autuado a partir de representação formulada pela Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância, no qual é suscitada possível inconstitucionalidade do art. 3º da Lei 12.871/2013.
Diante deste contexto, e no intuito de evitar decisões conflitantes sobre a mesma matéria, a ministra sugeriu que o processo fosse retirado de pauta para que as demais representações fossem apensadas ao TC 022.106/2015-4, e, após a devida análise, submetidas a um único julgamento.
O processo sofreu pedido de vista pelo ministro Vital do Rêgo na semana passada.
Saiba mais sobre o processo
O projeto pedagógico para Medicina, previsto para 12 semestres, começou a ser construído em 2011 e está centralizado em três eixos de formação: técnico-científico, humanista e atenção integral à saúde comunitária. Para a viabilização do curso em Erechim, fez-se necessária a utilização da infraestrutura das redes de saúde municipais de Erechim, Nonoai e Getúlio Vargas.