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Saúde

Caol: mais de 22 anos oferecendo suporte aos pacientes da região

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Os pacientes e familiares são recebidos respeitando todos os protocolos de segurança e prevenção ao
Por Izabel Seehaber
Foto Divulgação

Mesmo em um ano atípico por conta da pandemia do novo coronavírus, em que o funcionamento de diversas atividades foi alterado e/ou adaptado, quando o assunto é saúde, a prioridade é sempre o reforço das medidas preventivas na continuidade dos trabalhos.

No Centro de Apoio Oncológico Luciano – Caol – de Erechim, os pacientes e familiares continuaram a ser recebidos, respeitando todos os protocolos de segurança. Por isso, algumas atividades em grupo, que antes eram desenvolvidas com os integrantes da casa, precisaram ser interrompidas. Contudo, a principal ação, relacionada ao apoio psicológico, não deixou de ser desenvolvida.

A presidente da entidade e psicóloga oncológica, Marilene Terezinha Rigo, comenta que o paciente quando chega ao Caol, geralmente está muito fragilizado, com muitos medos, pois recebeu um diagnóstico de câncer, o qual é terrível para todos. “Muitas vezes isso é delicado e por isso fizemos uma acolhida e, antes da pandemia, durante o tratamento, eram realizadas oficinas terapêuticas, comemoradas algumas datas e reforçadas as campanhas de conscientização sobre prevenção de diversos tipos de câncer. Nesse sentido promovemos palestras, organizamos a cartilha do direito do portador de câncer, que é distribuída aos pacientes, fizemos o cadastro de coleta de medula óssea e orientamos sobre a importância desse gesto”, pontua.

Marilene reforça que o diagnóstico não é somente dos pacientes, mas de todos os familiares. “A partir do resultado de exames e da conversa com o médico há uma mudança muito brusca no sistema familiar, pois o paciente poderá depender de cuidados e muitas vezes ele é o provedor e, com isso, vem as preocupações financeiras. Além disso, existe o estigma da perda de cabelo, da mama, entre outros fatores. São aspectos que geram muita preocupação, especialmente às mulheres”, relata.

Tudo isso a Psicologia trabalha, de forma a amenizar a dor e mostrar que a vida continua, que pode se fazer diferente, que existe cura e todos devem lutar para ficar bem.

Pandemia e adaptações

Com a pandemia, o Caol tomou todas as precauções e não foram permitidas visitas. Do mesmo modo, os voluntários adaptaram as ações e os pacientes prosseguiram os tratamentos na companhia de um familiar.

O Caol tem um abrangência ampla e atende munícipes de diversas regiões que são atendidas pela Fundação Hospitalar Santa Terezinha.

Atualmente, a entidade tem capacidade para receber 60 pessoas por semana, sendo que os pacientes ficam de segunda a sexta-feira.

Os voluntários, em torno de 20, estão sempre atuantes, acompanhando se precisam de algo. O Caol também participa de todas as campanhas promovidas pelo município e região. “Há pessoas que vão até o Caol e ajudam nos trabalhos; outros que colaboram com uma quantia x por mês; e ainda há voluntários que contribuem esporadicamente, auxiliando em eventos ou campanhas e financeiramente quando precisam. Esse suporte é essencial, é o que nos mantém”, salienta a presidente.

Por fim, a mensagem que Marilene reforça a todos os leitores é: “tenha cuidados preventivos, viva o hoje, pois o ontem não vivemos mais e o amanhã, a gente não sabe”.

Mais sobre o Caol

O Centro de Apoio Oncológico Luciano (Caol), foi fundado em 04 de agosto de 1998. O nome do centro rende uma homenagem ao jovem Luciano Rigo Berndsen, que faleceu de câncer aos 17 anos, sendo ele a causa de sua criação.

Após a partida do filho, movida pelo objetivo de oportunizar apoio, informação, conforto às pessoas portadoras de CA e seus familiares, a mãe de Luciano, Marilene Terezinha Rigo, reuniu um grupo de pessoas que se multiplicou e uniu em torno de uma causa, transformando o Caol, nesta bonita realidade.

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