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Comunidade se reúne para defender permanência da Escola Antonio Burin

Reunião realizada na noite de quarta-feira (16), contou com a presença de professores, pais, alunos, bem como, vereadores e representantes de entidades de Erechim

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Reunião foi realizada na noite de quarta-feira (16)
Por Amanda Mendes
Foto Magna Dias/Divulgação

Em setembro a Escola Estadual de Ensino Fundamental Antonio Burin, localizada no Povoado Coan, interior de Erechim, recebeu um comunicado da 15ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), informando que a instituição corre o risco de ser fechada no próximo ano letivo. A medida, que está em processo de análise, comoveu a comunidade escolar e está mobilizando setores da sociedade erechinense para reverter a proposta do governo estadual.

Nesse sentido, a escola realizou na noite de quarta-feira (16) uma reunião com a presença dos professores, funcionários, estudantes e seus familiares, bem como, vereadores, representantes de entidades do município, a presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), Helenir Schürer, a diretora do 15ª núcleo do Cpers, Marisa Betiatto e professores da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – campus Erechim. De acordo com a diretora da instituição de ensino, Maria Terezinha Graichen, o encontro serviu para endossar a luta em defesa do não fechamento. “Ficamos emocionados em perceber a importância que a Escola tem para a ‘Capital da Amizade’. Esse momento 

foi essencial para discutirmos ideias e pensarmos ações que justificam nossos argumentos do porquê a Antonio Burin deve permanecer de portas abertas”, contou à reportagem do Jornal Bom Dia. A reunião teve como encaminhamento a elaboração de um dossiê, organizando documentos históricos da Escola que possui mais de 20 anos em atuação. “Isso nos trará uma série de tarefas, nosso trabalho será duplicado, mas estamos tentando mostrar como ela é importante para os alunos e, se é para eles, vale a pena”, concluiu Maria, citando, ainda, que depois de setembro a direção não recebeu mais nenhum comunicado da 15ª CRE sobre a situação, pois esses processos demandam prazos e, com esse período, a comunidade apro
veita para intensificar a mobilização. Na oportunidade, o vereador Lucas Farina acompanhou a reunião. “É unanime que não podemos deixar a escola ser fechada, justamente por ela ser do campo e direcionado aos filhos dos agricultores. Afinal, esse foi o objetivo de sua criação: tornar-se referência na educação rural e viabilizar a permanência dos jovens em suas comunidades”. Com isso, Farina ficou responsável por disseminar o debate na Câmara de Vereadores, para que o descontentamento da comunidade possa chegar ao governo estadual. “Precisamos sensibilizar as pessoas com relação à perspectiva que a escola está sendo observada. Ela não pode ser analisada apenas pela dimensão finan
ceira, mas por todo trabalho que desenvolve na formação técnica dos jovens”. No dossiê deverá constar, também, declarações de entidades, sindicatos, bem como, instituições de ensino superior: UFFS, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Marisa afirma que o Cpers acompanhará as ações e lutará junto para não permitir o fechamento da escola. “É uma instituição que atua com mais de 10 comunidade, e nós, enquanto, sindicato estaremos apoiando, não apenas no Alto Uruguai, mas em todo Estado, pois há propostas de fechar outras escolas também. Sobretudo, frente ao cenário de êxodo rural que nossa região convive, é fundamental defendermos 
espaços que promovem a permanência do jovem próximo à sua propriedade”. O professor da UFFS, Ilton Benoni, foi à reunião conhecer a realidade da escola. “Percebi que a instituição é a alma da comunidade e foi muito emocionante. Eles se reconhecem nela, então a luta é legítima e como faço parte do Movimento em Defesa da Democracia, da Educação Pública e dos Direitos Sociais, nós iremos ajudar no que for preciso”. Em contato com a reportagem do Jornal Bom Dia no mês de setembro, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) negou a possibilidade de fechamento. Contudo, à época, a informação foi confirmada pela 15ª CRE, destacando que os estudos para encerrar as atividades estavam em andamento. 
Amanda 

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