Histórias que cresceram e se desenvolveram praticamente juntas. A presença da Paróquia São José na vida de muitos erechinenses é bem peculiar, assim como, sem a participação dessas pessoas, seu alcance poderia ter sido diferente. A reportagem do Jornal Bom Dia conversou com alguns fiéis para entender a importância do catolicismo em sua trajetória pessoal.
A história da ministra da eucaristia, Dorvalina Santin, acompanha o crescimento do Igreja. “A Paróquia tem 100 anos, eu tenho 90, então ela tinha 10 anos quando nasci. Assim, toda a minha vida religiosa ocorreu junto à Paróquia. Isso foi muito importante, nesse espaço eu me casei e batizei meus filhos. Sou ministra há uns 20 anos, me desliguei pela idade, mas sigo trabalhando e auxiliando no que posso”, contou.
As atividades de Dorvalina iniciaram na organização de festas que a igreja promovia, “na época, tinha uma esplanada na frente onde eram realizadas as confraternizações e a gente trabalhava duas vezes por ano nas tendas. Era muito gratificante”, acrescentou. A ministra ainda participou de visitas no Hospital da Caridade, “eu levava a eucaristia nos quartos e era incrível ver a gratificação nos olhos das pessoas com essa ação”, concluiu.
“A mãe da Diocese de Erexim”
Para o ministro da eucaristia, Maurício Vicini a Paróquia atua como uma “mãe” na Diocese de Erechim. “Vejo que ela incentivou muito a evangelização das pessoas e nas comunidades da região, promoveu as escolas servidoras acolhendo os ministros, assim como eu, que estou completando 25 anos de ministério”, destacou, citando, ainda, como sua participação na Paróquia o tornou uma pessoa realizada, “tanto em nível social, como comunitário e familiar, eu me sinto uma pessoa realizada, principalmente pelo respeito dos párocos, sempre incentivando as pessoas participarem e isso mobiliza as comunidades a continuarem crescendo”.
Para ele, o desafio é seguir motivando as pessoas dentro das comunidades religiosas. “Principalmente as rurais, considerando que estão se esvaziando. Queríamos a permanência das pessoas para que essas comunidades continuem progredindo. No meu ponto de vista, essas distrações acabam interferindo nas ações de evangelização e adoração a Cristo”.
Lar da Criança
O Lar da Criança foi uma das ações estimuladas pela Paróquia São José, conforme afirma a presidente da instituição, Edir Goelzer. “Eu estou atualmente há 34 anos como voluntaria na entidade, que foi criada junto ao Movimento Familiar Cristão. Na época, conseguiram o terreno, construíram as duas primeiras casas. Minha atuação foi motivada pelo padre, Atalibo Lise, e me sinto muito grata por ajudar tantas crianças. Atualmente abrigamos 49, mas já passaram mais de 100 crianças. Acho que estamos cumprindo nossa missão junto a todo o apoio que a igreja nos proporciona”.
Paixão partilhada
A paixão pelo catolicismo da catequista Nilva Zill Henke, foi partilhada na família e alimentada pela Paróquia. “Nasci e residi a vida inteira em Erechim, participando diretamente da Paróquia São José, onde fui batizada, crismada, me casei, batizei meus três filhos e junto com meu esposo conduzimos ele na caminhada da fé cristã. A minha família, principalmente meus pais, são os responsáveis pela minha formação espiritual, por meio das orações diárias que praticávamos e na participação da celebração eucarística de domingo. Além disso, estudei no Colégio São José e lá comecei a atuar nas equipes vocacionais e como catequista”, contou.
A catequese de seus filhos também foi um momento marcante. “Isso aconteceu há mais de 30 anos, e, naquele momento, me senti chamada a colaborar diretamente com a catequese deles e de muitas outras crianças e jovens. A catequese é um marco importante na minha vida, no meu tempo ela era voltada à perguntas e respostas acerca de Deus e da Igreja. A partir dos meus filhos mudou e o foco passou a ser a fé e a vida, além de respeitar a realidade dessas crianças e famílias. Passou a ser um processo catecomunal, onde o objetivo é levar as crianças a conhecerem Jesus Cristo, seus ensinamentos e torná-los discípulos missionários, participando diretamente na família, na comunidade e na sociedade. Como batizada e membro dessa Igreja viva, fico feliz e realizada em participar e dar minha contribuição nessa caminhada de 100 anos de fé e evangelização”, concluiu.