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Blog do Marcos Vinicius Simon Leite

Marcos Leite

O meu jejum - 1

Por Marcos Vinicius Simon Leite

Na coluna de hoje vou contar algumas considerações sobre o jejum que estou fazendo. Se o leitor não acompanhou meus últimos textos, eu explico: duranta quarenta dias, a partir da quarta-feira de cinzas, ficarei quarenta dias sem beber e sem comer carne, exceto frutos do mar. A finalidade é conhecer minhas reações e avaliar minha memória, vez que é ao dormir que guardamos nossos aprendizados. E se o álcool e a carne nos deixam com a consciência alterada, quero ver se comigo isso funciona também.

Primeira Semana

A primeira semana começou mal. Bem mal. Pois é… Embora não tenha sentido falta da bebida, que sempre me acompanhou, acabei passando mal. Ainda no primeiro dia de jejum, tive uma crise ciática, decorrente de uma hérnia de disco. Por óbvio que não foi por falta de álcool, mas até que cheguei a pensar. “Devem ser os espíritos obsessores, que bebem do meu éter. Deixei-os zangados, só pode, pensei”. Resolveram machucar minhas costas. Conseguiram.

A bebida

Fiquei feliz em saber que não senti falta da bebida e que posso viver tranquilamente sem ela. Nesse nível de consumo, diário, só uma experiência dessa natureza pode comprovar. Não notei nenhuma alteração no humor. Nem eu, nem os outros. Afinal, são sempre eles que dizem quando estamos irritados ou com aquela cara de poucos amigos. Porém, no domingo, final de tarde, naquele dolce far niente, daí sim deu vontade de sentar no sofá e tomar uma cerveja preta. Ah se deu. Acabei enganando meu cérebro, sensorialmente. Coloquei suco de maçã na taça em que bebo vinho. Parecia vinho branco e tinha gosto de cidra, uma bebida bem popular aqui na Península Ibérica, onde vivo.

Comida

Da carne, sinceramente, já tem um tempo que não sinto grandes faltas. Estou como aquelas viúvas da picanha do Lula. Em casa, o restante da família até sente mais vontade do que eu. Seguindo assim, minha maior dificuldade será conciliar o cardápio com os demais membros da casa. Há dias em que se come carne e nestes dias vou precisar de uma alternativa. E para acompanhar os demais, precisarei de criatividade. Churrasco, mesmo, vai ser à base de pão de alho, abobrinha e pimentão. Já dá um bom barato. Ao menos não se perde o ritual.

Resumo da semana

Resumidamente, não senti falta da bebida e da carne. Prova de que o meu alcoolismo não me tornou (em uma semana) uma pessoa dependente quimicamente, dessas que tremem pela abstinência. Minha dependência está no sabor e no prazer que proporciona. É bom sentar, servir um bom vinho, acender o abajour e ler um bom livro. Dessa vez, o vinho vai ser suco de maçã. Da carne, como disse, passo bem sem tê-la. De dificuldades mesmo, só a dor ciática. Essa sim me derrubou. Prova de que andava também com o corpo inflamado, no que a bebida e a carne podem ser dois maus precursores. Veremos as próximas quatro semanas que me restam.

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