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Cultura

Com 75 anos de história, Orquestra de Concertos de Erechim é homenageada pela Câmara de Vereadores

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Por Assessoria
Foto Divulgação

Na noite desta quarta-feira (18), a Câmara Municipal de Erechim sediou uma emocionante sessão solene em homenagem aos 75 anos da Orquestra de Concertos de Erechim (OCE). A cerimônia, proposta pela vereadora Carla Talgatti (Cidadania), celebrou a trajetória de uma das instituições culturais mais longevas e representativas do Rio Grande do Sul.

Fundada em 10 de junho de 1950 pelo maestro austríaco Frederico Schubert e músicos locais, a OCE é símbolo de resistência e excelência na promoção da música erudita. Desde então, tornou-se uma das poucas sociedades musicais do interior gaúcho a manter suas atividades ininterruptamente por mais de sete décadas, reafirmando sua vocação de difusão cultural e formação cidadã.

Durante a solenidade, a vereadora Carla destacou a importância histórica da Orquestra para a identidade de Erechim. Em seu discurso, emocionado e contundente, ela sublinhou que a OCE é “um patrimônio vivo”, construído pelo esforço voluntário de gerações de músicos, regentes, educadores e apoiadores. “Celebrar os 75 anos da OCE é celebrar a resistência, a paixão e a permanência de um projeto coletivo que atravessa gerações”, afirmou a parlamentar.

Ela ainda ressaltou o papel da Orquestra na educação integral e na formação humana. “Educação precisa tocar a sensibilidade, a criatividade, o espírito crítico, a empatia. E para isso, a arte é fundamental”, defendeu Carla, ao citar exemplos de políticas educacionais em países como Finlândia, Noruega e Canadá, onde música e cultura são pilares do ensino público.

A sessão foi marcada por homenagens, discursos e exibição de um vídeo institucional sobre a história da Orquestra — produzido com recursos do Edital Erechim Cultura, do Fundo de Apoio às Ações Culturais de Erechim (FAACE 2021-2022) —, reforçando a relevância do incentivo público à cultura.

Presente no evento, o presidente da OCE, Abrão Jaime Safro, fez um discurso carregado de simbolismo e senso de responsabilidade histórica. Ele relembrou as origens da Orquestra, nascida “pelas mãos de abnegados cidadãos de alma livre e sensível”, e enfatizou a importância da permanência da instituição como espaço de arte, formação e cidadania. “Nossa existência só se justifica se continuarmos a fazer sentido para a comunidade, se formos capazes de dialogar com a nossa época”, afirmou.

Safro também fez um apelo direto às autoridades e à sociedade civil para assegurar a sustentabilidade financeira da Orquestra. “Uma orquestra não é luxo, é direito, assim como cultura não é enfeite. Precisamos de recursos, sim, mas também de ânimo, respeito e compromisso com os nossos artistas, professores e alunos”, disse, ao elogiar a atuação do maestro Bernardo Grings e o trabalho voluntário que sustenta a OCE, incluindo sua escola de música e coral, ambos gratuitos.

Reconhecida oficialmente como Patrimônio Artístico, Cultural e Imaterial de Erechim desde 2023, por meio da Lei Ordinária nº 7.265, a OCE não apenas preserva a tradição da música clássica, como também transforma vidas ao oferecer pertencimento, perspectiva e oportunidades por meio da arte.

A sessão solene terminou com aplausos calorosos e a lembrança de uma frase que ressoou com força entre os presentes: “Na minha cidade tem uma orquestra” — expressão usada por Érico Veríssimo para exaltar o valor simbólico e civilizatório da cultura em sua Porto Alegre, e que agora se aplica com orgulho a Erechim.

Ao final, em meio às homenagens, Carla Talgatti deixou um recado que sintetiza o espírito da noite: “Cultura não se impõe, não se inventa por decreto. Ela nasce do chão, das pessoas, daquilo que pulsa de verdade 

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