No cenário de calor intenso que vem assolando a região sul ao longo do verão, os cuidados com a dengue são ainda mais necessários. A doença já conhecida dos gaúchos e merece atenção aos primeiros sinais para que se evite o agravamento do quadro clínico e o risco de óbito.
Em 2024, o cenário epidemiológico indicou 200 mil casos confirmados de dengue no Rio Grande do Sul e 281 mortes em razão da doença, o que acende o alerta do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) para que os sintomas não passem despercebidos pela população.
Um grande desafio para evitar ou minimizar a evolução para casos mais greves está na suspeita adequada e precoce do paciente com dengue. Na maioria das vezes, a pessoa se recupera em até uma semana, porém, parte delas podem progredir para formas graves. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.
A primeira manifestação é a febre, que tem duração de dois a sete dias, geralmente alta (39°C a 40°C). É de início abrupto, associada a cefaleia (dor de cabeça), adinamia (fraqueza muscular, debilidade ou falta de força), mialgias (dor muscular), artralgias (dor nas articulações) e à dor retro-orbitária (atrás dos olhos).
Após essa fase febril, grande parte dos pacientes se recupera progressivamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes, gestantes, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas com mais de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.
Principais sintomas
- Febre que surge de repente;
- Dor no corpo e nas articulações;
- Dor de cabeça;
- Dor atrás dos olhos;
- Manchas vermelhas na pele;
- Náusea;
- Vômito;
- Cansaço extremo.
A infecção pelo vírus da dengue dura em média sete dias. Os sintomas geralmente aparecem de forma combinada, podendo evoluir para sinais de alerta como a desidratação. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) recomenda que ao observar esses sinais e sintomas a população:
- Procure atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), preferencialmente, se não houver sinais de alarme, como dor abdominal, vômitos persistentes, queda na pressão, pouco volume urinário;
- Beba bastante água e com regularidade;
- Na presença de algum sinal de alarme, busque imediatamente serviço de saúde, preferencialmente de urgência e emergência (Unidade de Pronto Atendimento ou Hospitais);
- Mantenha hidratação por até 48 horas após cessar a febre.