21°C
Erechim,RS
Previsão completa
0°C
Erechim,RS
Previsão completa

Publicidade

Economia

Mais demissões do que contratações em dezembro 2024

Todas as áreas, indústria, serviços, construção, comércio e agropecuária, ficaram negativas. Erechim fechou 461 postos de trabalho neste mês, contudo, resultado geral do ano foi positivo, município criou 1141 novos empregos com carteira assinada

teste
Vista de Erechim aérea
Por Ígor Dalla Rosa Müller
Foto Arquivo Bom Dia

O município de Erechim demitiu mais que contratou, no mês de dezembro de 2024, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho, divulgados na quinta-feira (30). No período em questão, o município fez 1236 contratações e 1697 demissões, saldo negativo de 461 vagas fechadas de emprego. Por outro lado, o resultado geral do ano foi positivo, Erechim, em 2024, contratou 22.305 trabalhadores e demitiu 21.164, saldo positivo, criando 1141 novos empregos com carteira assinada. Erechim mantém um estoque de 39.639 trabalhadores empregados.

Segundo o CAGED, esta redução de empregos formais no mês de dezembro, em Erechim, segue a mesma lógica dos últimos três anos, neste período, em dezembro de 2021 foram menos 591 empregos formais, em 2022 menos 504, em 2023 menos 378 empregos com carteira assinada.   

Grandes áreas

Todas as cinco áreas analisadas pelo CAGED, indústria, serviços, construção, comércio e agropecuária, ficaram negativas em dezembro. A que mais demitiu foi a indústria com 367 contratações e 624 demissões, saldo negativo de 257; o segundo que mais desligou foi o setor de serviços, que fez 439 contratações e 560 demissões, saldo negativo de 121; a construção civil foi a terceira área que mais fez desligamentos, contratou 39 e demitiu 91 trabalhadores, saldo negativo de 52 vagas; em quarto lugar vem o comércio, com 386 admissões e 415 desligamentos e saldo negativo de 29 postos fechados; e, em quinto lugar, a agropecuária contratou 5 e demitiu 7, saldo negativo de 2 postos de trabalho.

Estoque

O setor industrial é o que tem o maior estoque de empregos com 15.825 trabalhadores; seguido do setor de serviços com 13.353 empregados; na terceira posição, o comércio com 8.492 empregos com carteira assinada; o quarto setor que mais emprega é a construção civil com 1.764 trabalhadores; e em quinto lugar a agropecuária com estoque de 205 empregos formais.

ACCIE

Segundo o vice-presidente da Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), Mário Luiz Cavaletti, a indústria segue sendo penalizada, assim como o agronegócio, pela tributação excessiva. “Os chamados incentivos governamentais estão longe de se tornarem um fator determinante para a evolução desses setores. Além disso, enfrentamos um desafio significativo na formação da mão de obra, tanto em quantidade quanto em qualidade. Não se trata da falta de oportunidades, pois há escolas e cursos disponíveis, com uma demanda expressiva por profissionais há bastante tempo, especialmente em Erechim”, explica ele.

“A capacidade empreendedora tem sido um dos principais fatores para sustentar e até explicar o crescimento em alguns segmentos industriais, ainda que de forma específica. No entanto, as dificuldades burocráticas, estruturais e de infraestrutura continuam sendo grandes desafios. A economia globalizada está diretamente ligada a essas questões e é essencial implementar soluções concretas e criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento industrial”, observa o vice-presidente da ACCIE.

Ele ressalta que é preciso unir forças entre as entidades privadas e o Poder Público, especialmente, em nível municipal, para construir um futuro com menos obstáculos. “É fundamental que novos empreendedores sejam incentivados a permanecer, pois, no cenário atual, corremos o risco de ver uma redução nessas atividades essenciais de qualquer economia”, disse.

Mario enfatiza que os dirigentes locais têm sido proativos, mas seus esforços ainda são insuficientes diante da complexidade do cenário que se enfrenta. “Precisamos de ações mais assertivas para garantir o fortalecimento da indústria e do setor produtivo. E como diz um ditado antigo, mas sempre atual: 'Fé em Deus e pé na tábua'. Seguimos acreditando e trabalhando pelo desenvolvimento da nossa região.

Leia também

Publicidade

Publicidade

Blog dos Colunistas