O setor imobiliário no Brasil cresceu e evoluiu no ano passado, mas as tendências do mercado imobiliário para 2025, conforme tendência nacional, sinalizam para mais um período de aquecimento, fechando mais um ciclo com números promissores e acima da média
Mesmo diante de alguns desafios, a atividade imobiliária foi protagonista mais uma vez, mostrando confiança, solidez e resiliência, chegando ao final de mais um ano com números significativos de crescimento, rentabilidade e batendo recordes de investimentos, lançamentos e vendas.
Dados apontam que entre janeiro e julho de 2024 o mercado imobiliário no Brasil registrou um crescimento impressionante, alcançando um volume de vendas de 27,4%, com 104.752 imóveis novos comercializados no Brasil e atingindo um valor de vendas de 31,2%, representando R$ 32,4 bilhões.
Segundo o indicador Abrainc-Fipe, o segmento da habitação popular teve grande influência nesses números, ao apresentar um crescimento robusto nesse período de 33,8% na quantidade de unidades vendidas e de 30,8% no valor total de vendas.
A quantidade de lançamentos no programa Minha Casa Minha Vida, principal representante do setor de imóveis populares, cresceu 43,5%, enquanto o valor dos lançamentos aumentou 46,7%. Em termos de volume de negócios, os imóveis populares alcançaram nesse período a marca de 76.577 unidades, totalizando a cifra de R$ 16,6 bilhões em transações.
O segmento de imóveis de Médio e Alto Padrão também apresentou bons resultados ao registrar um aumento de 7,1%, com 24.426 unidades vendidas, e um crescimento de 28,8%, o que resulta em um valor total de vendas de R$ 14,1 bilhões.
Para a Abrainc (associação das incorporadoras), um resultado positivo dessa envergadura, com altas expressivas em todos os segmentos apurados, comprova a importância e o protagonismo do mercado imobiliário na economia brasileira.
O fortalecimento do mercado imobiliário também depende de um bom planejamento das famílias para o financiamento de imóveis, pois é importante que seja feita uma boa avaliação do comprometimento da renda para reduzir os riscos de inadimplência, já que isso prejudica o acesso ao crédito e eleva os juros para os novos contratos, garante a Abrainc.
O fato é que as negociações para compra ou venda de imóveis, permanecerão sendo uma forte tendência em 2025, pois o mercado imobiliário é um investimento tradicional, de grande rentabilidade e liquidez, como um ativo consolidado, confiável e seguro.
Como o imóvel residencial no Brasil é considerado uma reserva de valor das famílias, mesmo diante de certas turbulências na economia é um bem que preserva o seu valor de mercado.
Novas oportunidades nos tipos de imóveis
Dados nacionais apontam que as novas famílias estão inclinadas a buscarem imóveis com metragens cada vez maiores, que ofereçam espaço suficiente para um home office ou escritório e mais áreas de circulação e convivência para as pessoas.
Os imóveis no interior e nas regiões metropolitanas tendem a ser alternativas muito atraentes para os compradores que desejam fugir da agitação nas grades cidades e buscam locais mais tranquilos e com um custo de vida mais baixo. Isso pode ajudar a impulsionar o mercado imobiliário nas cidades menores.
Expectativa em Erechim
Em Erechim, de acordo com o empresário Márcio Rossi, o ano de 2025 começa com muita cautela, bem diferente do ano de 2024 em que as vendas foram muito boas para o segmento de imóveis nos mais diversos segmentos.
Para este ano que se inicia, Márcio destaca que os atuais juros estão muito altos, o que faz com que os investidores deixem o dinheiro no banco a fim de ter uma maior rentabilidade, mas sem apostar em novas aquisições, seja de apartamentos, terrenos ou salas comerciais.
“Hoje o comprador vai à procura de seu imóvel, mas pensa muito para fechar negócio, ou seja, faz a conta se é viável ou não economicamente. As vendas continuam, com certeza, mas com muito mais cautela”, aponta.
Neste atual momento, Márcio ressalta que as compras estão focadas para as de médio padrão para cima, ou seja, do cliente que realmente tem condições para a aquisição numa média de imóveis acima de R$ 500 mil.
Com relação ao mercado dentro do programa Minha Casa Minha Vida, Rossi destaca que a realidade do município de Erechim não foi a mesma vivenciada em outras regiões do país, ou seja, não foi tão positivo em 2024.
Bom negócio
A cautela também está na pauta do empresário Wilson Prigol que vê o ano de 2025 com muita expectativa, pois para ele a compra de imóveis sempre foi um bom negócio já que as pessoas necessitam de uma moradia.
Com relação ao que vem pela frente, Prigol ressalta que tudo depende da economia brasileira, garantindo que ano após ano as vendes estão num bom crescimento.
“Estamos esperando a queda dos índices da Selic como a diminuição do valor do dólar para poder haver uma maior procura pelos futuros proprietários, como de investidores. A esperança é que ocorra uma melhora, porém sempre salientando a cautela em primeiro lugar pois deve-se estar atento com relação a quantidade de recursos disponíveis pela Caixa Econômica Federal, como a oferta de novos loteamentos no município, o que fortalece o programa Minha Casa Minha Vida com imóveis até R$ 350 mil, onde hoje a procura é alta”.
Finalizando, Prigol destaca que a escolha está em imóveis com dois quartos, seja para investidor como para futuro morador. “Esta é uma das modalidades que mais sai, depois disso vem os imóveis, para quem tem mais recursos, de R$ 500 mil, R$ 600 mil ou cima deste valor.