A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode se manifestar em três estágios: sífilis primária, secundária e terciária. Elas apresentam sintomas distintos, como a formação de feridas indolores no órgão genital, vermelhidão na pele, nódulos nas axilas e pescoço, dores musculares e comprometimento da saúde cardiovascular e neurológica.
Transmissão da sífilis
A principal forma de transmissão da sífilis é por meio da relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada. Além disso, a doença pode ser transmitida verticalmente para a criança durante a gestação ou parto.
Tipos
A sífilis é classificada de acordo com o seu estágio de infecção. Entenda melhor a seguir:
Sífilis primária
A sífilis primária é a que ocorre assim que há a infecção pela bactéria Treponema pallidum. Cerca de três a quatro dias após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção, normalmente na região genital.
Sífilis secundária
A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. O paciente pode apresentar vermelhidão pelo corpo (exantema), coceira, aparecimento de íngua (gânglios inchados) nas axilas e pescoço.
Sífilis terciária
A sífilis terciária é a mais difícil de ser detectada pois têm sintomas em grandes vasos (como a aorta), cérebro, olhos, coração, juntas e até mesmo dentro do sistema nervoso. Pode causar dor de cabeça e epilepsia e seu diagnóstico é mais complexo.
Sífilis latente
Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não há sintomas. Esse estágio pode perdurar por muito tempo sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.
Sífilis congênita
A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença.
Sintomas
A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios e os sintomas variam conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Os sintomas da sífilis, portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada.
Diagnóstico
Os sintomas da sífilis costumam ser muito similares a sintomas de outras doenças, então o médico deve realizar exames específicos para conseguir fazer o diagnóstico. Veja alguns exames que o especialista poderá solicitar:
- FTA-ABS
- Teste rápido para sífilis
- Cultura de bactérias
- Punção lombar
Fatores de risco
- Manter relações sexuais desprotegidas com uma ou mais pessoas.
- Estar infectado com o vírus do HIV, causador da AIDS.
Quando diagnosticada precocemente, a sífilis não costuma causar maiores danos à saúde e o paciente costuma ser curado rapidamente. O tratamento para sífilis mais indicado pelos médicos é feito à base de penicilina, um antibiótico comprovadamente eficaz contra a bactéria causadora da doença.
Uma única injeção de penicilina já é o bastante para impedir a progressão da sífilis, principalmente se ela for aplicada no primeiro ano após a infecção. Se não, o paciente poderá precisar de mais de uma injeção.
A penicilina, aliás, é o único tratamento recomendado por especialistas para mulheres grávidas diagnosticadas com sífilis. Mesmo que o tratamento nesses casos seja bem-sucedido, o bebê também deverá ser tratado com antibióticos depois de nascer.