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Economia

Terceira assembleia suspensa com situação favorável às negociações

Próxima será no dia 25 de abril, às 15 horas, no Polo de Cultura do Parque da Accie em Erechim. Até o dia 15 de março a empresa vai apresentar um plano com modificações ao processo de reestruturação da empresa

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93% dos credores foram favoráveis a suspensão
Por Ígor Dalla Rosa Müller
Foto Ígor Dalla Rosa Müller

A terceira Assembleia Geral de Credores da Comil foi suspensa na tarde de ontem (14), no Polo de Cultura do Parque da Accie em Erechim, sendo 93% dos credores favoráveis à suspensão. A próxima assembleia será no dia 25 de abril, às 15h, no mesmo local. O plano de recuperação judicial da empresa vai passar durante esse período por novos ajustes. 
Segundo o advogado Silvio Luciano Santos, da empresa MMS Advogados, responsável pela condução das negociações com os credores, trabalhistas, fornecedores e financeiros, nos últimos dias surgiu um fato novo no processo de recuperação da empresa e por isso foi recomendada novamente a suspensão da assembleia. 
A novidade é que os bancos Itaú e Votorantin, credores da classe 2, acabaram vendendo seus créditos para dois fundos de investimentos. "Essa situação foi uma surpresa. Não sabíamos que os bancos iriam vender, não contávamos com isso, mas na nossa avaliação essa mudança veio para favorecer as negociações", explica. 
Conforme Silvio "apesar de nos frustrar nesse momento porque queríamos aprovar esse plano, essa mudança pode ser benéfica para as negociações, os credores e a empresa", diz Silvio, citando que agora se tem uma nova perspectiva de negociação porque o fundo é muito mais ágil e tem imprimido nas negociações uma velocidade maior. "Tanto que nessa suspensão, nos comprometemos até o dia 15 de março a apresentar um plano modificativo aos autos. Está todo mundo com pressa para resolver essa situação, mas a pressa não significa que vai ser resolvida de qualquer maneira, pelo contrário, a Comil continua primando por uma solução que consiga cumprir. Quer aprovar um plano nas condições da empresa", observa.  
Ele afirma que a venda de créditos é comum, uma operação rotineira no processo de recuperação judicial. O novo prazo é para que os dois fundos tomem conhecimento de que ponto está as negociações. 
Conforme Silvio, o que está faltando negociar é justamente a classe 2, formada pelo Banco do Brasil, Banrisul, Itaú e Votorantin, "e que agora teve a mudança de atores". 
Na avaliação de Silvio, essa mudança vai facilitar as negociações, porque mesmo que sejam executivos cuidando dos projetos a resposta é mais rápida. "Em dois, três dias eles têm reunião de diretoria e definem os assuntos, no banco aguardamos 30 a 45 dias para uma definição", ressalta.

 

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