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Blog do Marcos Vinicius Simon Leite

Marcos Leite

O fim do mundo

Por Marcos Vinicius Simon Leite

Esse é um daqueles textos que nem vale a pena ler. É chato, enfadonho. A palavra “enfadonho”, por si só, já dá o tom. Ficaram lindos esses acentos, não. Mas a palavra é feia, não é? En-fa-do-nho. Feia não, horrível. O significado, para quem não anda com o dicionário debaixo do braço, diz que é “um sentimento desagradável proveniente do desgosto ou da contrariedade”. Logo, mantemos distância de tudo e de todos que nos deixam assim, enfadados. Na raiz, o termo provém do verbo enfadar, que significa sentir tédio, incômodo ou irritação. Pronto, avisei desde já. Não leia esse texto.

Curiosidade

Mas se o leitor é daqueles sujeitos curiosos, então vá lá. Prometo caprichar um pouco. Vamos ao “cheese” da questão, porque de queijo toda gente gosta. Não acredito no fim do mundo. Pelo menos durante a minha existência. Não sucumbimos coletivamente à Covid, ainda que tenhamos perdido muita gente para um inimigo que sequer conseguíamos ver. Não víamos mas acreditávamos. E será que é verdade que existiu? Claro que sim. Confiemos na ciência! Não sejamos assim, terraplanistas. Não é porque não vemos que certas coisas não existem. Estás em dúvida, coloque os dedos na tomada. Já que não se vê a energia, experimente sentir. Portanto, não creio nas teorias do “fim do mundo”.

Humanidade

Mas uma coisa tem me causado perplexidade. A capacidade do ser humano de estragar tudo. Estamos nesse momento. Escolhemos tão mal os nossos governantes que agora é preciso surgir uma tal “extrema direita” para terminar o serviço. E há muitos que, talvez por medo do tal fim do mundo, caem nesses discursos extremistas. Seja de direita ou de esquerda, quem gosta de extremos não tem meio termo. É o famoso tudo ou nada. Tudo pra eles, nada pra nós. Percebes? Lamentavelmente, caminhamos para o pior, para o desequilíbrio, na trilha das contendas. Uma terceira guerra mundial tocada à frente por covardes. Enquanto isso, nos distraímos e esquecemos dos reais problemas da humanidade, as causas que realmente deveríamos enfrentar. Ninguém mais fala disso.

Juventude

Agora que me dei conta de que não sou mais jovem, passei a analisar o quanto essa juventude que aí está se descolou das matrizes antropológicas do ser humano. Gostou dessa palavra difícil, matriz antropológica? Não sei nem de onde a tirei, mas o que quero dizer vai ao encontro de que os jovens de hoje paracem desconhecer totalmente o passado de seus pais, seus avós e seus antepassados. Os que são preocupados com o planeta, o fazem por identidade a alguma causa, seja ela animal, sexual ou outra qualquer. No tempo em que fui jovenzinho, o mundo parecia ser bem mais complicado do que é hoje. Mesmo assim, vivíamos sem os mesmos medos que assombram os nossos belicosos dias.

Política

E por que razão então eu dei esse nome à coluna? É porque estamos “caminhando e cantando e seguindo a canção”, como bem cantava Geraldo Vandré, pra não dizer que eu não falei de flores. Dizia ele que “somos todos iguais, braços dados ou não”. Não somos? Enquanto isso, as pessoas ainda não acordaram para o veneno que é a polaridade política. Essa de que se o sujeito fala mal de um ele apoia o outro. É preciso acordar minha gente. Enquanto persistir essa folia do bem contra o mal, de um lado contra o outro, veremos perpetuar no poder essa gente que tem dez por cento de razão e noventa por cento de erro. Está na hora de mirar nos erros e compreender que os dez por cento são muito pouco. A proporção está invertida. E se por acaso o leitor chegou até aqui, meus parabéns! É sinal de que já andas desperto ou cansado de tanto blá blá blá.

 

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