A Unimed e se consolidado como uma empresa voltada à saúde integral de todos quantos batem as suas portas e oferecido aos seus associados serviços de qualidade em especial aos clientes assíduos da Medicina Preventiva, dentre os quais faço parte. Graciosamente a Instituição oferece ciclos de palestras abrangendo várias especialidades.

Temos várias oportunidades que se nos oferecem no dia a dia, mas que, por algumas desculpas ou pretextos, deixamos de aproveitá-las. É na vivência do cotidiano, na interação familiar e comunitária que aprendemos e ensinamos. Isto é: a escola da vida.

Na sexta-feira, 21 de fevereiro o tema condutor do encontro foi a “Espiritualidade”, sob a responsabilidade da psicóloga Raieli, acompanhada sua pela colega Andriele, - uma duplinha de peso. Do encontro foi-nos sugerida uma na qual constavam em uma folha mais de 1000 bolinhas a começar pelo primeiro mês de vida de uma pessoa, até a mesma completar a longeva idade de 99 anos. Nossa!

Especificamente, no meu caso que estou em contagem decrescente (countdown), atingi os redondos 900 meses. Ou seja, colori mais de dois terços das bolinhas. Paradoxalmente, para tanto, recebi um giz de cera verde, (a cor da esperança), e, por isso eu espero (esperanço), ter pela frente ainda muitas bolinhas para preencher, se Deus, é claro, assim o permitir. Mas por precaução, como não sei e nem você sabe o dia do desenlace, é bom seguirmos esta dica: “viva o dia de hoje como se fosse o seu último. Um dia você acerta!”. Nesse aspecto, faz sentido o painel que tenho fixado no muro de entrada da garagem com a seguinte frase: “Um novo dia é uma página em branco na sua vida. Escreva apenas o que vale a pena”. Quais foram e são os meus propósitos que me moveram até aqui; quais são e serão os motivos que lhe movem e lhe moverão durante o tempo que lhe resta e me resta?

A toda hora somos surpreendidos por anúncios fúnebres os quais trazem em seu bojo a partida de pessoas amigas. Elas que nos foram caras e que, se tivessem a mesma oportunidade, certamente gostariam de estar vivas contando e brincando de colorir bolinhas. Dentre elas sentiremos saudades do Adolfo Lubas dos Santos, - policial aposentado e membro atuante e participativo de Grupo 60 + da Terceira Idade. Conheci-o, há poucos anos, em um encontro fortuito quando na primeira interlocução descobrimos que tínhamos algo em comum: o canto e a música.  Poucos meses após, devido à gravidade da sua doença ele teve que ser submetido a uma cirurgia que lhe deixou sequelas irreversíveis. Não obstante, jamais perdeu a sua alegria e o seu otimismo de viver. Continuou efetivo e eficaz protagonizando o grupo de Cantos 60 + e sempre assíduo no jogo de cartas. Por esses e tantos motivos Adolfo com tão somente 70 anos, recebeu comoventes manifestações de apreço e muitas justas homenagens de despedidas, no último sábado, dentre as quais a execução de cantos e músicas pelos seus colegas do Grupo de Cantos e Cartas 60 + da Prefeitura Municipal. Na sua então residência e no Grupo de Cantos 60 + o seu teclado e o seu violão não mais ecoaram os acordes melodiosos; tampouco as suas cordas vocais não executarão letras do passado e do presente. E, ainda precocemente, com 72 anos, partiu a Zuleide Ana Portela, colega, professora por muitos anos e irmã da amiga Mari Gemka.

Um dos participantes da referida palestra sugeriu que algumas bolinhas deveriam ser apagadas da memória. Infelizmente não temos o poder de corrigir o passado, mas sim de programar o futuro e aprender, evitando os erros cometidos. Não fosse assim, muitas das grandes descobertas não teriam acontecido.

P. S.: Como sói acontecer, recebo com frequência alguns feedbacks sobre os meus escritos. Dentre outros recordo o Renato M., o colega Ademir da Rosa e o Armindo Kirst, pelas referências ao texto pretérito, incluindo você leitor silente.