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Blog do Marcos Vinicius Simon Leite

Marcos Leite

O conceito de amigo

Por Marcos Vinicius Simon Leite

A música diz que é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito. Dentro do coração. Os dicionários o definem como aquele com quem temos alguma relação de amizade, que demonstra afeição, aliança ou cumplicidade. Se pensarmos bem, o entendimento sobre o que é a amizade e sobre o que ser ou ter um amigo nunca provocou dúvidas. Isso, até surgir o Facebook.

Facebook

Não há mal algum em a rede social chamar quem mantém alguma relação com alguém, de amigo. Eu diria até que o termo é bem apropriado. Não condeno o Facebook por isso. Se eu fosse o idealizador, certamente chamaria os usuários entre si desta mesma maneira. Até aí, tudo certo. O problema está do outro lado, da parte do utilizador. Considerar que alguém possa ser amigo de milhares de pessoas me parece ser uma ideia muito errada. Simplesmente por ser impossível ser amigo de tanta gente. Aceitar isso é o mesmo que meenosprezar o valor da amizade.

Como explicar a amizade?

Há amigos de todos os jeitos. Tem aqueles que nunca te procuram. Não lembram do teu aniversário, não mandam mensagens de fim de ano e por vezes até esquecem da tua existência. Mesmo assim, em qualquer outra situação onde a presença se faça necessária, lá está. É a poderosa chama da amizade. Uma centelha sempre pronta para aquecer o nosso coração, soprar as brasas e sentir exatamente aquilo que sentíamos pelos amigos. E sentimos. O bom e velho amor da amizade. Perene, nunca cessa. Podemos ficar anos sem falar com a pessoa, mas basta estarmos próximos dela e tudo fica pleno. Fica difícil explicar, mas fácil de sentir.

Amigos e filhos

Imagine a situação: você está andando por aí com seus filhos e de repente encontra um velho amigo. Um exemplar daqueles que os seus filhos jamais ouviram falar. Um sujeito que nunca foi à sua casa. Um alguém do passado, da juventude, que numa dessas “coincidências” da vida, o encontro faz a alegria do momento se espalhar pelo ambiente. Como explicar isso aos filhos? Que reação terão ao presenciar uma cena dessas? Interessante. E acontece.

Novos conceitos

Até a gente se dar conta de que as amizades de hoje, dos nossos filhos, não são mais como as de outrora. As relações não mais nascem da empatia e da afeição. Nascem de afinidades, geralmente associadas ao que consomem ou gostam. É como se as causalidades fossem esquecidas. Difícil mesmo é compreender que ter um milhão de amigos nos dias atuais não é o mesmo que nos tempos de Roberto Carlos. Hoje não se leva o “canto amigo” a qualquer amigo que precisa. O que temos é um milhão de amigos a nos seguir, a nos curtir, desde que o nosso engajamento se coadune com o que as redes esperam de nós. Do contrário, somos cancelados. Talvez isso explique porque há tantos jovens doentes a viver essa ditadura das curtições. Que falta faz um amigo em nossa vida! Quem tem, não adoece.

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