Pandemia registra aumento nos casos de bruxismo
Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) feito com estudantes universitários sobre os impactos da pandemia no estresse, sono e saúde bucal, revelou que 30% dos entrevistados se consideraram muito estressados com a chegada da covid-19. O levantamento avaliou alterações causadas na pele, nos dentes, glândulas, ossos e músculos localizados na boca, pescoço, cabeça e face. O resultado apontou um aumento em casos de bruxismo, que consiste em um movimento involuntário caracterizado pelo ranger e/ou apertar dos dentes.
Segundo o cirurgião-dentista, Gustavo Henrique Sousa Costa, o bruxismo é uma condição que atinge cerca de 31% da população adulta e pode gerar danos irreversíveis aos dentes e algumas das consequências são:
- Desgaste dentário
- Trincas em esmalte
- Hipersensibilidade dentária
- Fratura de restaurações ou até mesmo do próprio dente
- Dores na musculatura da mastigação
- Distúrbios na articulação temporomandibular - que pode gerar dores de cabeça ou até mesmo o deslocamento da mandíbula – entre outros.
Como tratar?
O tratamento, explica Gustavo, consiste no controle dos sintomas e muitas vezes é necessária uma mudança no estilo de vida para a melhora da doença. O cirurgião-dentista também pode julgar necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para auxiliar no tratamento.
O profissional explica que, de acordo com a literatura, os tratamentos disponíveis para pacientes com bruxismo são variados e vão depender de cada situação. Alguns dos tratamentos disponíveis incluem ajuste na mordida, utilização de placas oclusais e aparelhos específicos, injeção intramuscular de toxina botulínica e medidas para controlar a ansiedade e o estresse. “É importante ressaltar que cada caso é único, por isso é muito importante procurar um cirurgião-dentista e se informar sobre a melhor terapia indicada para o seu caso”, explica Gustavo Henrique.