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Investimentos do IEP de R$ 16,5 milhões rende pedido de informações no Legislativo

Recursos estão aplicados em fundos do Banco do Brasil e da Caixa e vereador quer saber as perdas com a queda das bolsas. Direção do Instituto vê momento como oportunidade de ampliar o patrimônio atual de R$ 110 milhões

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Os funcionários da prefeitura de Erechim (em torno de 2500) recolhem para o IEP, para garantir sua a
Por Rodrigo Finardi
Foto Rodrigo Finardi

Pedido de informações para o Instituto Erechinense de Previdência (IEP), foi protocolado ontem (31), na Câmara de Vereadores, por Claudemir de Araújo, para saber quanto o instituto perdeu com aplicações na bolsa de valores, em função da baixa histórica do mês de março, e irá a votação na próxima sessão ordinária, em 6 de abril. Segundo Aráujo, a perda foi de milhões.

Conselho Monetário Nacional

A direção do IEP falou sobre o assunto à coluna Pente Fino. O presidente, Renato Toso, afirma que o patrimônio atual é de R$ 110 milhões, em quatro anos de existência, e esses recursos só podem ser investidos onde a resolução do Conselho Monetário Nacional permite: “Não é uma coisa que o presidente ou diretor financeiro da IEP decide onde investir o dinheiro. Com todo esse patrimônio temos que diversificar as aplicações. Se colocarmos todos os ovos numa cesta só é ruim”, pontua.

15% em renda variável

Atualmente o IEP tem 15% do seu patrimônio investido em renda variável (fundos do Banco do Brasil e da Caixa, pois não pode operar diretamente na bolsa) em torno de R$ 16,5 milhões: “O mês de março é uma catástrofe não só nacional como mundial em função do coronavírus. E não é uma realidade só nossa e afeta todos os regimes de previdência própria do Brasil. Tem lugares que tem 50% aplicado em investimentos variáveis. É evidente que os recursos do IEP estão sofrendo oscilações nesse período”, salienta Renato.

“Não teremos prejuízos financeiros”

O presidente ressalta que o IEP não precisa resgatar esse dinheiro agora: “Ficará até que a bolsa se recupere com patamares próximos ao ano passado. Quando ela caiu permanecemos na bolsa pois se abriu uma oportunidade de ampliarmos nossos recursos a longo prazo. As perdas podem resultar na questão contábil, mas não teremos prejuízos financeiros, pois não iremos sacar o dinheiro que temos aplicado.  Vamos esperar, o país irá sair da crise e iremos ganhar recursos que nem esperávamos”, finaliza

“Perderíamos se o saque fosse feito agora”

O diretor financeiro do Instituto, Diones Weber, afirma não ser perda de valores e sim oscilação do mercado financeiro. “Perderíamos se o saque fosse feito agora. A gente fez alocações quando a bolsa caiu e mostrará que essa crise foi uma oportunidade de entrar na bolsa a um preço mais barato com ganhos excepcionais ali na frente. O tempo para nós não é um problema. Podemos ficar década sem resgatar esse recurso, pelo fluxo financeiro que temos. No fim das contas é uma baita oportunidade”.

 

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