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Saúde

Santa Terezinha: nada que esteja ruim, que não possa piorar!

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Alguns prefeitos da AMAU não acham correto pagar complementação para atendimento no hospital que ate
Por Rodrigo Finardi
Foto Rodrigo Finardi

A situação delicada por que passa a Fundação Hospitalar Santa Terezinha, com a falta de recursos constantes, atrasos nos pagamentos de fornecedores, prestadores de serviços, e até com paralisação no passado, não é novidade para ninguém.

Repasses rotineiros para custeio

O município de Erechim, e também a Câmara de Vereadores vem aportando recursos de forma rotineira na instituição para que possa manter o custeio em dia (como folha de pagamento dos funcionários).

Os problemas se mantém

Entra governo, sai governo, tanto no município como no Estado e os problemas se mantém. Está incrustrado nas entranhas da casa de saúde (sei que outras passam por problemas bem maiores, mas o foco é o maior hospital público regional).

Não querem mais pagar

O atraso nos pagamentos do contrato do SUS é um dos problemas. Mas pode piorar.

Existe um movimento nos municípios da AMAU, que não querem mais pagar a complementação de recursos através das AIHs (Autorização de Internação Hospitalar) pago por cada paciente enviado hospital. 

E a alegação e já conversei com alguns prefeitos a respeito é que em outros hospitais regionais os municípios não pagam diferença nenhuma pois o atendimento é pelo SUS.

“Só nossa região completa”

Em Porto Alegre nessa semana o presidente da Amau, Juliano Zuanazzi (prefeito de Marcelino Ramos) pontua que “Só nossa região complementa. Nas demais regiões o Estado suporta integralmente o custeio da alta complexidade”.

Buscar atendimento em outros hospitais

Outro prefeito alega que seria muito mais barato para o município colocar os pacientes numa van ou em uma ambulância e encaminhar para outros hospitais referências, sem pagar nada pelos atendimentos.  

Inevitável que esse assunto seja discutido em próximas reuniões da AMAU. Cada vez tem menos recursos, para mais obrigações dos gestores municipais.

Mudança drástica de atuação

Todos sabem da importância do Santa para a saúde pública, mas se isso realmente ocorrer, será necessária uma mudança drástica na atuação, inclusive com redução de serviços e atendimentos. Sem recursos, não anda, e o município não terá dinheiro eternamente para manter ele em funcionamento.  

Sobrecarregando o ente mais pobre

O sistema público de saúde está falido. O governo federal precisa buscar alternativas para mudar o modelo atual. Não é culpa de Erechim, não é culpa dos municípios da AMAU. A culpa é de quem cria as leis, e não as cumpre, sobrecarregando o ente mais pobre. Nesse caso os municípios.

 

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