Nota pública
Ao final da tarde de ontem, o Rio Grande do Sul foi atingido pela notícia do assassinato de mais um dos seus cidadãos. É mais um triste capítulo desta tragédia que nos abate.
Cristine Fonseca Fagundes, 44 anos, foi friamente assassinada sob o testemunho dos próprios filhos, nas proximidades de uma tradicional escola de Porto Alegre. Não é razoável que a consideremos mais um número a ser computado no levantamento dos índices da criminalidade. Não é razoável que este grau de brutalidade passe a ser tolerado como algo contra o qual não temos nada a fazer.
Não estamos mais seguros em lugar algum, não há horários de risco; tornamo-nos reféns do acaso e o simples transcorrer das nossas rotinas se tornou um grande perigo.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul vem fazendo sua parte para que o Executivo garanta as reivindicadas condições para superação da crise estrutural e financeira que assola a administração pública.
Independentemente de cores partidárias e questões ideológicas, independentemente das nossas posições no mapa político, discutimos, colaboramos e aprovamos uma série de medidas amargas, inclusive aumento de impostos.
Continuaremos, mais que solidários, protagonistas mesmo nos momentos mais difíceis. Mas é chegada a hora de o Poder Executivo nos mostrar mais energia e eficiência no enfrentamento à criminalidade e ao caos que já nos leva aos perigosos limites da desobediência civil.
Desta forma, o Poder Legislativo renovará o rigor em uma de suas mais importantes funções de Estado: fiscalizar as ações do Executivo e cobrar a entrega dos serviços públicos necessários à dignidade dos gaúchos. Pedimos, desde já, ao governador José Ivo Sartori e sua equipe, ações consistentes, firmes e imediatas para o restabelecimento da ordem.